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Domingo, 19 de maio de 2024

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Itália condena 23 ex-agentes da CIA pelo sequestro de imame egípcio

O tribunal de Milão, na Itália, condenou nesta quarta-feira a penas de entre cinco e oito anos de prisão 23 ex-agentes da CIA (agência de inteligência americana) pelo sequestro do imame (ministro da religião muçulmana) egípcio Abou Omar em 2003.


Omar foi sequestrado em 17 de fevereiro de 2003, quando deixava sua casa em Milão, norte da Itália, por um grupo de agentes da CIA em colaboração com agentes italianos do Sismi (serviço de informação militar italiano).

Ele era suspeito de terrorismo e foi transportado, em seguida, para uma prisão de alta segurança nos arredores de Cairo, a capital egípcia, onde, segundo o próprio, foi torturado.

Sua prisão fez parte do que se chamou à época de "voos da CIA", um plano da agência de transferências secretas de suspeitos de envolvimento com os ataques de 11 de Setembro que estavam na Europa.

Segundo o promotor Armando Spataro, o sequestro representou uma violação caracterizada da lei. "Não há nenhuma estrutura legal na qual o Sismi e a CIA poderiam se aliar para praticar um sequestro. Isto é absolutamente contrário à lei italiana", disse Spataro.

Ao todo, 25 agentes da CIA e um coronel da Aeronáutica americana estavam sendo julgados desde junho de 2007 em Milão, assim como sete dirigentes dos serviços secretos italianos, entre eles o ex-chefe do Sismi, Nicolo Pollari.

O chefe da CIA em Milão à época, Robert Lady, foi condenado a três anos de prisão. Já os agentes foram condenados a cinco anos.

O então chefe da Sismi, o general Nicoló Pollari, um dos sete italianos acusados de cumplicidade com o sequestro, não poderá ser julgado já que seu papel no caso é protegido por segredo de Estado.
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