A cúpula do governador do Distrito Federal e da Câmara Legislativa do DF é alvo da Operação Caixa de Pandora desencadeada nesta sexta-feira pela Polícia Federal. Documentos, malotes e possivelmente um computador foram levados pela PF na sede da Câmara nesta manhã. Acusação é de licitação fraudulenta.

Cinco agentes chegaram na Câmara Legislativa às 6h. Eles já entraram nos gabinetes dos deputados distritais Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulysses (PSB), Leonardo Prudente (DEM) e da presidência.

Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido Ministério Público Federal (MPF). A ação corre em segredo de justiça. O governador José Roberto Arruda convocou reunião com todos os integrantes do alto escalão do governo. A residência oficial também foi alvo da operação.

De acordo com o delegado que coordena a operação, o diretor de Inteligência da PF, Marcos Davi Salem, as buscas também teriam ocorrido na residência do secretário-chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, do novo chefe de Gabinete da Governadoria, Fábio Simão, do secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, o asessor de Imprensa, Omézio Pontes, e o secretário de Educação do DF, Luis Valente. Valente emitiu nota informando que está à disposição para colaborar com a investigação. Segundo apurou o Olhar Direto, Valente é candidato a deputado federal pelo DF.

Segundo o presidente da Casa, Leonardo Prudente, não havia na ordem judicial autorização para a entrada na presidência nem em gabinetes de outros deputados. O parlamentar informa que o documento permitia a busca apenas no gabinete dele mesmo, o número 13. Prudente afirma ter assinado um documento liberando a entrada em outros locais da Câmara.

A Operação Caixa de Pandora ocorre também no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), em um dos anexos do Palácio do Buriti. A autora da ação é a subprocuradora da república Raquel Dodge.