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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Oceano Atlântico registrou temporada "tranquila" de furacões em 2009

A temporada de furacões no Atlântico, que termina formalmente amanhã, foi "muito tranquila", em grande parte devido à ação do El Niño, com uma intensidade abaixo do normal e que deixou o saldo de apenas quatro mortes.


Ao contrário da temporada passada, a deste ano foi "muito tranquila", nem tanto pelo número de tempestades que se formaram, mas pela "intensidade" destas, 40% menor que a média, disse Richard Pesch, meteorologista do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

Apesar do número normal de tempestades tropicais, disse, a maioria destas foi "fraca" e de uma "vida muito curta", o que deu um respiro a países caribenhos como Haiti e Cuba, que foram tão castigados pelos fenômenos meteorológicos em 2008.

Na temporada de furacões passada, que afeta a área geográfica do Caribe, México, América Central e EUA, terminou com um saldo trágico na bacia atlântica: pelo menos 845 mortos e perdas calculadas em mais de US$ 10 bilhões, segundo dados do meteorologista William Gray, da Universidade do Colorado.

Além disso, naquele ano houve a formação de 16 tempestades tropicais e oito furacões, cinco deles de categoria maior, mais que o dobro dos registrados na atual temporada.

John Cangialosi, especialista do NHC, considera que os prognósticos, que previram uma atividade "próxima ao abaixo do normal em 2009, em termos gerais, se cumpriram", mas talvez "faltou um furacão a mais".

Na bacia atlântica, houve a formação este ano de nove tempestades tropicais e três furacões, Bill, Fred e Ida, dos quais os dois primeiros foram de categoria maior.

A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos EUA, em sua previsão atualizada do início de agosto, tinha previsto a formação de entre sete e 11 tempestades tropicais e de três a seis furacões, dos quais um ou dois poderiam ser de categoria 3, 4 ou 5, as maiores na escala de intensidade Saffir-Simpson.

Um fator-chave para a baixa intensidade dos fenômenos meteorológicos esta temporada foi - segundo concordaram os dois meteorologistas --a presença do fenômeno El Niño, que se desenvolve no Pacífico e "tem uma conexão direta com a atmosfera no Atlântico".

Este fenômeno inibe a formação de furacões no Atlântico e tem o efeito contrário no Pacífico.

O El Niño está conectado em "grande escala" com a atividade de furacões no Atlântico, mas este ano, precisou Cangialosi, "registramos também na bacia atlântica ventos muito fortes nos níveis altos da atmosfera", um fator que, destacou, 'não permite que os fenômenos meteorológicos se intensifiquem".

Segundo números preliminares do NHC, apenas quatro mortes podem ser associadas à ação direta das tempestades e furacões registrados esta temporada, que começou em 1º de junho e termina em 30 de novembro.

Duas das mortes aconteceram em consequência do furacão Bill, que chegou à categoria quatro: uma menina de 7 anos que morreu no Parque Nacional de Acadia (Maine) ao ser arrastada pelas furiosas correntes e um homem de 54 anos que se afogou na praia de New Smyrne, no litoral leste da Flórida, poe causa das fortes ondas.

A tempestade tropical Danny e o ciclone Ida deixaram cada um deles um morto, mas ainda são números provisórios, reiterou Cangialosi.

"Houve um número muito limitado de vítimas fatais", já que as "mortes registradas em El Salvador não foram causadas pelo furacão 'Ida'", o último da temporada, mas por uma "frente que veio do Pacífico", disse Pesch.

As intensas chuvas que castigaram El Salvador entre 7 e 8 de novembro passados deixaram pelo menos 198 mortos e graves danos materiais no país.

Os três furacões mais mortíferos dos quais a Noaa tem registro são, em primeiro lugar, o que castigou Galveston (Texas) como categoria 4 em 1900, que deixou um saldo de 8 mil mortos, seguido pelo que (também sem nome) deixou 2,5 mil mortos na zona do Lago Okeechobee em 1928.

Em terceiro lugar, está o Katrina, de categoria 3, que arrasou em agosto de 2005 os estados do litoral do Golfo e deixou 1,5 mil vítimas fatais, segundo o arquivo do NHC.
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