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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Cúpula prepara declaração especial sobre crise de Honduras

A 19ª Cúpula Ibero-Americana prepara uma declaração especial sobre a crise de Honduras, que deve buscar um consenso sobre as diferentes posturas que há na região em torno da legitimidade do pleito realizado neste domingo no país.


Os chanceleres da América Latina, Espanha, Portugal e Andorra, que se reuniram hoje a portas fechadas em Estoril, decidiram que a Presidência portuguesa da cúpula prepare o texto sobre Honduras, que será debatido nesta segunda-feira pelos Chefes de Estado e de Governo de região ibero-americana.

O secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, explicou a um grupo de jornalistas que a chanceler do Governo deposto de Honduras, Patricia Rodas, apresentou na reunião um relatório sobre a crise em seu país por causa do golpe de Estado do dia 28 de junho.

No debate posterior à apresentação de tal relatório, "houve expressões muito claras pedindo o desconhecimento do processo eleitoral e outras mais matizadas sobre esperar o resultado dos eventos (em Honduras) para ver o que fazer", assinalou.

Em declarações a jornalistas, Patricia afirmou que "se for mantida a unanimidade ibero-americana sobre a condenação ao golpe de Estado, a grande maioria da comunidade ibero-americana manterá o não reconhecimento das eleições".

Segundo ela, a declaração, além de condenar o golpe de Estado, deve condenar a tentativa de "tornar legal o golpe de estado" através de eleições que qualificou como "uma operação militar".

Sobre a redação do texto da declaração, a chanceler considerou que não "pode haver coisas pela metade", em alusão a que o documento deve recolher não só a condenação ao golpe de Estado, mas também a posição ibero-americana sobre o pleito.

A chanceler hondurenha denunciou o "assédio e ataque contra a embaixada do Brasil, Argentina, Espanha e outras embaixadas".

Consultada sobre a jornada eleitoral, ela assegurou que houve "violações aos direitos humanos e às garantias constitucionais. Já há mais de 183 prisioneiros e há 20 pessoas que não sabemos de seu paradeiro".

"Enquanto no Uruguai hoje há uma festa cívica, em Honduras há uma operação militar contra o povo hondurenho", afirmou Patricia, dizendo também que a jornada eleitoral não teve "nenhuma observação internacional qualificada, somente de partidos políticos afins aos golpistas".
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