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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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DEM decide nesta terça futuro do governador Arruda, diz Rodrigo Maia

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou nesta segunda-feira (30) que a decisão do partido sobre o futuro do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, será tomada nesta terça (1º), em reunião da Executiva Nacional. “Essa é uma decisão que a Executiva vai tomar amanhã [terça]. No estatuto do partido, há varias alternativas. Essas denúncias são muito graves, é fundamental que o governador faça a sua defesa, e a forma como o partido vai se portar será decidida amanhã. O partido não vai se omitir”, disse Rodrigo Maia. A executiva do DEM é formada por 20 pessoas.


Sete lideranças do DEM se reuniram com Arruda nesta tarde na residência oficial do governo do DF para ouvi-lo antes de definir o futuro do governador, após a divulgação de vídeos em que ele aparece recebendo dinheiro quando ainda era deputado federal e candidato ao governo, em 2006.

Gravações presentes em inquérito do Superior Tribunal de Justiça também revelam conversas recentes entre o governador e Durval Barbosa, então secretário de Relações Institucionais, em que os dois discutem divisão de dinheiro entre membros do alto escalão do governo.

Demóstenes Torres disse aos jornalistas que Arruda explicou a todos os presentes no encontro na residência oficial do governador que “ele acha que o partido deveria hipotecar solidariedade”. Arruda disse também, segundo o senador, que os fatos que estão sendo apresentados são todos relativos ao governo passado, de Joaquim Roriz.

“A única coisa que o envolve diretamente é uma gravação de 21 de outubro, truncada, que, segundo ele, ele manda fazer uma colaboração na campanha. Que realmente recebeu recurso, mas foi para a campanha social. Que isso já está averbado na Justiça Eleitoral, que comprovaria a regularidade da situação”, disse Demóstenes sobre o que Arruda teria dito ao partido.

“Fiz algumas perguntas, não me satisfiz com as respostas e disse a ele que votaria na Executiva pela expulsão sumária”, explicou Demóstenes. "Acho que dentro da Justiça ele terá oportunidade de se defender. Agora, o processo político é diferente do processo jurídico", completou, lembrando que o regimento interno do partido permite a expulsão sumária de filiados. "Há um indício gravíssimo de prática de ato de improbidade. É um desgaste que temos que enfretnar. O partido pode se comportar como o PT e varrer o lixo para debaixo do tapete e pode se completar de acordo com a realidade e tomar uma decisão exemplar", acrescentou o senador.

Demóstenes disse ainda que as reuniões feitas pelo partido até o momento "não têm valor nenhum, porque não podemos deliberar nada". Quem pode deliberar, segundo o senador, é a Executive Nacional.

A posição do partido, segundo Demóstenes está dividida. Ele, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o senador José Agripino Maia (DEM-GO) defendem a expulsão sumária de Arruda. Os outros presentes no encontro teriam defendido, segundo Demóstenes, a abertura de um processo, que levaria mais tempo para ser analisado, mas também poderia culminar na expulsão.

A cúpula do Democratas se reuniu na tarde desta segunda com o governador e o vice, Paulo Octávio (DEM). Entre os membros do partido que participaram da reunião estão o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), Ronaldo Caiado (GO), líder do partido na Câmara dos Deputados, deputado ACM Neto (BA) e os senadores Demóstenes Torres (GO), Heráclito Fortes (PI), Agripino Maia (RN) e Aldemir Santana (DF), além dos deputados ACM Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO).

Denúncias

Inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mostra a suposta distribuição de recursos ilegais a membros do governo do DF e a existência de um suposto esquema de pagamento de mesada para os deputados que faziam parte da base aliada do governo na Câmara Legislativa. Na sexta-feira (27), a Polícia Federal deflagrou a operação "Caixa de Pandora" e fez buscas e apreensões na residência oficial de Arruda, nos gabinetes de deputados distritais e secretários de governo.

As investigações se iniciaram depois que o então secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, delatou o esquema em troca dos benefícios da delação premiada. Vídeos e gravações revelam Barbora e Arruda negociando divisão de valors e deputados guardando grandes quantias de dinheiro em sacolas, bolsos e até meias.

Por conta das denúncias, PDT, PPS e PSB, que integram a base de apoio do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), anunciaram nesta segunda-feira (30) que vão entregar os cargos que ocupam no primeiro escalão do governo.

Ainda perplexos pelo ato de torpe vilania de que fomos vítimas por parte de alguém que, até recentemente, se mostrava um colaborador, vimos externar à população do Distrito Federal nossa indignação pela trama de que estamos sendo vítimas"
No domingo (22), Arruda e Paulo Octávio emitiram nota em que se dizem “perplexos” com as denúncias contra o governo, que classificam como um “ato de torpe vilania”.

ilania de que fomos vítimas por parte de alguém que, até recentemente, se mostrava um colaborador, vimos externar à população do Distrito Federal nossa indignação pela trama de que estamos sendo vítimas”, diz a nota.

A nota se refere ao ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que fez as denúncias em troca dos benefícios da delação premiada.
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