Olhar Direto

Sábado, 18 de maio de 2024

Notícias | Mundo

Número de americanos mortos no Afeganistão em 2009 chega a 300

A força da Otan no Afeganistão anunciou nesta quarta-feira a morte do 300º soldado americano este ano no país, no momento em que o presidente Barack Obama acaba de ordenar o envio de mais 30 mil soldados para lutar contra a insurreição dos talebans.


"Um soldado americano da Isaf morreu na terça-feira quando sua patrulha foi atacada pelos insurgentes a leste do Afeganistão", afirmou a Isaf (força internacional liderada pela Otan no Afeganistão), em um comunicado sem mais detalhes.

Esta baixa eleva para 486 o total de soldados estrangeiros mortos no país desde o começo de 2009, segundo contagem feita pela agência de notícias France Presse a partir do site especializado www.icasualties.org.

Ao mesmo tempo, o número de soldados estrangeiros passou de 60 mil, em 2008, para 112 mil, em dezembro de 2009, entre homens da Isaf e da coalizão sob comando americano da operação Enduring Freedom (Liberdade Duradoura, em tradução livre).

Mais de 60% dos soldados mortos foram vítimas dos temíveis IED, sigla em inglês para artefatos explosivos improvisados, jargão militar para bombas de fabricação caseira deixadas em armadilhas para comboios e patrulhas. Laila Coles, enfermeira do Exército americano, conhece bem o resultado das explosões de IED. "Quase sempre um destes ataques significa a perda de membros" superiores ou inferiores, contou.

A mais jovem vítima atendida pela enfermeira era um adolescente afegão de 14 anos, que provavelmente se feriu quando armava uma armadilha com uma destas bombas em uma estrada.

As forças internacionais afirmam que os talebans pagam até US$ 200 a aldeãos miseráveis --o que significa quase um ano de salário de um afegão médio-- para que eles montem este tipo de armadilha. Os soldados que se ferem com mais gravidade são imediatamente transportados para a base americana de Ramstein, na Alemanha.

Enquanto os ataques com IED se multiplicam, "não sabemos ainda como tratar eficazmente todos os tipos de ferimentos", admitiu o coronel Joseph Chozinski.

O uso cada vez mais frequente de bombas de fabricação caseira, somado a uma rede viária extremamente limitada e ao relevo montanhoso do território afegão, obriga as forças internacionais a utilizar o transporte aéreo, mais caro, porém mais seguro, tanto para o traslado de pessoal como para a distribuição de enormes quantidades de alimentos, munições e material logístico necessário para o corpo expedicionário.

A força aérea americana transportou nos últimos 12 meses uma média de mil soldados, civis, mortos e feridos diários no Afeganistão. Em 2007, esta ponte aérea custou US$ 388,4 milhões aos EUA. Em novembro, o custo para 2009 já alcançava US$ 799,9 milhões.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet