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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Oposição da Romênia contesta reeleição do presidente por fraude

O principal partido da oposição na Romênia, Social Democratas, contestou nesta segunda-feira a apertada vitória do presidente Traian Basescu no segundo turno das eleições, por cerca de um ponto percentual.


O partido diz que o esquerdista e ex-ministro de Relações Exteriores Mircea Geoana ganhou a disputa deste domingo, uma eleição vista como crucial para tirar o país de uma crise política e dolorosa recessão.

"Os romenos votaram por Mircea Geoana, mas o aparato do Estado de Basescu está tentado fazê-lo ser o vencedor através de fraude", disse membro do alto escalão do partido Liviu Dragnea. Ele não forneceu, contudo, maiores detalhes sobre como soube da fraude ou provas de que ela é real.

Os apoiadores de Basescu disseram que ele venceu legitimamente, mas não responderam diretamente Às acusações.

Com 99,95% das urnas apuradas, Basescu ganhou 50,33% dos votos contra 49,66% de Geoana, segundo os resultados oficiais do Escritório Central Eleitoral.

Geoana, que proclamou vitória assim que as urnas fecharam no domingo, não concedeu a vitória. Já seu companheiro de chapa e candidato a premiê, Klaus Johannis, foi mais realista: 'Minha estrada acaba aqui', disse, em entrevista a jornalistas.

Dragnea disse que houve 138 mil votos fraudados --o suficiente para mudar o cenário eleitoral (a diferença de votos entre os dois candidatos é de apenas 70 mil). Ele afirmou ainda que alguns locais de votação alteraram a documentação final, forjando votos, antes de enviar às autoridades eleitorais.

Ele citou ainda o que chamou de "turismo eleitoral maciço", ao se referir aos 617 mil votos em centros de votação especiais, muitos dos quais já teriam votado em outro local.

"Nós contestamos a eleição. é um dever democrático para com os 5 milhões de romenos que estão prestes a serem enganados", disse dragnea, em referência ao número de votos de Geoana.

Crucial

A eleição deste domingo foi uma das mais importantes do país dos Bálcãs desde a era do stalinista ditador Nicolae Ceausescu, há 20 anos.

O presidente deverá agora nomear um governo que possa retomar os esforços para cumprir as condições para receber o pacote de ajuda de 20 bilhões de euros do FMI para pagamento de salários do Estado e pensões.

Estas preocupações aumentaram ainda mais depois que Basescu disse que o FMI adiou a missão de revisão do órgão que seria realizada em novembro alegando querer um governo funcional antes do processo.

Os analistas dizem que Basescu pode ter dificuldades para formar o governo com outros grandes partidos com os quais teve grandes discussões por medidas anticorrupção no seu mandato de cinco anos.

Um país relativamente pobre dos Bálcãs, a Romênia tem cerca de 22 milhões de habitantes e enfrentou uma grave crise econômica no ano passado pela crise financeira global e políticas econômicas ruins.

O país deixou de ser uma das economias de maior crescimento da União Europeia e destino interessante para investidores para uma zona problemática e que necessita de ajuda urgente
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