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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Zelaya negocia acordo para deixar Honduras e pode ir ao México

Foto: Reprodução

Zelaya negocia acordo para deixar Honduras e pode ir ao México
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, negocia nesta quinta-feira com representantes do governo interino e com o governo do México uma segunda tentativa de deixar o país, após decretar como fracassadas todas as tentativas de aplicar o acordo assinado para dar um fim à crise causada por sua deposição, em 28 de junho, e ter sua restituição negada pelo Congresso hondurenho.


Zelaya está abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa desde 21 de setembro, quando voltou clandestinamente ao país parta tentar destravar o diálogo. Ele não pode deixar a embaixada, local com status diplomático e inviolável pelas forças locais, já que tem ordem de prisão decretada por violar à Constituição, traição e abuso de poder --ao tentar aplicar um referendo para mudar a Constituição, e possivelmente preparar o caminho para aprovar a reeleição no país.

O Ministério de Relações Exteriores do México afirmou na noite desta quarta-feira que pediu à administração do governo interino que garantisse sua saída do país sem prendê-lo. Segundo fontes do governo de Roberto Micheletti, e o próprio Zelaya, sua saída será permitida apenas se o presidente deposto renunciar ou aceitar deixar Honduras como um asilado político.

"Eu quero deixar o país como um convidado distinto, não um refugiado político como o governo interino quer", disse Zelaya à Rádio Globo, na noite desta quarta-feira.

Zelaya disse que a razão para deixar o país seria buscar um solo neutro para um encontro com o presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, (cuja eleição, em 29 de novembro, Zelaya não reconhece) para "encontrar uma solução pacífica para a situação do país".

Ele disse ainda que quer uma saída negociada para sua saída do país, uma que "respeite a lei e meu cargo de presidente". A ideia, segundo o próprio Zelaya, é continuar suas "ações políticas" no exterior --como fez durante os três primeiros meses após o golpe, quando viajou para vários países da região em busca de apoio.

O governo do México informou que mantém negociações com Zelaya e outras autoridades hondurenhas. "As gestões acontecem com o apoio de países amigos e de alguns atores políticos hondurenhos, com o propósito de obter as garantias de segurança necessárias, mediante um salvo-conduto para que Zelaya possa deixar a proteção da embaixada do Brasil em Tegucigalpa", afirmou um funcionário do Ministério das Relações Exteriores.

Fracasso

O México pediu um salvo-conduto para que Zelaya viaje ao país como hóspede, mas o pedido foi rejeitado pelo regime interino. O documento, no âmbito do direito internacional, autoriza a pessoa a viajar e transitar livremente pelo país.

As versões de uma iminente viagem de Zelaya ao México mobilizaram na quarta-feira a imprensa e simpatizantes do presidente deposto. Os militares reforçaram o cerco à embaixada.

"A embaixada do México nos apresentou uma petição de salvo-conduto, mas lamentavelmente esta petição não qualifica, não contém a qualidade para que se estenda um asilo ao senhor ex-presidente Zelaya", declarou o ministro da Governança do regime interino, Oscar Raúl Matute.

"A solicitação mexicana para autorizar a viagem de Zelaya, ao não ter uma petição para um asilo, lamentavelmente não pudemos concedê-la", disse Matute.

As versões da iminente viagem de Zelaya foram estimuladas depois que a Direção de Aeronáutica Civil de Honduras informou que um avião mexicano pousaria no país para levar o presidente deposto. Zelaya evitou comentar sobre a possível viagem ao México ao ser questionado pela imprensa.

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