Um grupo de pessoas se reuniu nesta quinta-feira em uma capela da localidade de Bucalemu, no Chile, para uma missa em lembrança do terceiro aniversário de morte do ditador Augusto Pinochet (1915-2006). Segundo a agência de notícias Efe, cerca de 150 pessoas --entre amigos, parentes e antigos colaboradores-- estavam no local.

O evento ocorreu na capela onde estão as cinzas do ditador. Compareceram a viúva Lucía Hiriart e seus cinco filhos.

"Foi uma missa muito bonita. Nos momentos difíceis, é bom rezar pelo meu general e rezar com ele para que tudo melhore", disse o general Cortés Villa, diretor da Fundação Augusto Pinochet. "Havia bastante gente, mas não vi Ivan [Moreira, deputado ultraconservador], que normalmente comparece. A igreja tem capacidade para 12 pessoas, mas ainda havia gente do lado de fora", afirmou o general.

Os familiares de Pinochet, de acordo com o general, estavam preocupados com a hipótese de a sua homenagem ofuscada por recentes polêmicas envolvendo o regime do general, como a da morte do ex-presidente Eduardo Frei Montalva (1964-1970), opositor de Pinochet e pai do atual candidato a presidente do país, Eduardo Frei. A eleição será domingo (13).

Frei acusa agentes do governo militar de Pinochet de terem matado seu pai envenenado. O pai morreu após tratamento para uma hérnia, aos 71 anos. Seis pessoas são processadas por seu suposto envolvimento no crime. "Meu pai sempre é o culpado de tudo e tem sido o melhor apoio de campanhas políticas", disse a filha de Pinochet, Lucía, ao jornal Cambio 21.

Na capital Santiago, não houve nenhum ato em memória do ditador.