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Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Mundo

Rússia acusa fábricas de adulterarem cerveja

A principal autoridade russa para o comércio de drogas e bebidas acusou na sexta-feira as fábricas locais de adicionarem álcool puro aos seus produtos, prática que foi negada pelas empresas.


"Em geral, os coquetéis enlatados de baixo teor alcoólico e as cervejas são uma pura arma química. O álcool é acrescido em determinado estágio da produção para deixar (a bebida) mais forte", disse o narcologista-chefe da Rússia, Yevgeni Bryun, à agência de notícias Interfax.

A Rússia triplicou a carga tributária sobre a cerveja como parte da campanha do presidente Dmitry Medvedev para coibir o abuso do álcool. As cervejarias dizem que a medida provocará demissões em massa.

As autoridades também cogitam proibir a venda de cerveja em quiosques e até impor um monopólio estatal no comércio do álcool.

Bryun não citou nomes de cervejarias, mas em uma entrevista anterior à Interfax ele havia dito que havia acréscimo de álcool às cervejas fortes para acelerar seu processo de fermentação.

A União Russa da Cerveja disse que as declarações de Bryun são enganadoras e que ele deveria se retratar publicamente.

"Cria uma impressão de que (as declarações) têm como objeto algo além da saúde dos russos", disse à Reuters Daniil Briman, vice-presidente de assuntos corporativos da principal cervejaria russa, a Baltika, que pertence à Carlsberg.

Em junho, a revista médica Lancet publicou uma pesquisa mostrando que o acesso barato e ilícito ao álcool mata mais de metade dos russos e russas de 15 a 54 anos. A vodka continua sendo a bebida mais popular do país, e muita gente a mistura à cerveja.

Multinacionais como Carlsberg, SABMiller, Anheuser-Busch InBev e outras controlam mais de 95 por cento do mercado doméstico de cervejas, que é um dos maiores do mundo.

As cervejas com teor alcoólico superiores a 8,6 por cento representam cerca de 1 por cento do mercado. Como elas escaparam do recente aumento de impostos, sua participação deve subir.

Em agosto, Medvedev se disse chocado com dados oficiais segundo os quais cada russo consumia em média 18 litros de álcool puro por ano.
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