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Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Agronegócios

Portos do Norte podem ser alternativa para escoamento da produção de Mato Grosso

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja/MT) Glauber Silveira, diretores da associação e representantes do Movimento Pró-logística participam na próxima terça-feira (12.01) de audiência e reunião técnica sobre o Projeto do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). O encontro será realizado no Porto de Itaqui, em São Luis, empreendimento alvo do projeto. A previsão é que o porto receba cerca de R$ 800 milhões em investimentos, que aumentará a capacidade de movimentação de grãos de 2 milhões de toneladas por ano (atualmente) para até 13 milhões de toneladas/anuais a partir de 2013.


O porto de Itaqui é um dos portos estrategicamente importantes para o escoamento da produção de grãos de Mato Grosso. Glauber Silveira, afirma que a ampliação na capacidade de movimentação, com a construção de infraestrutura para grãos no porto, e obras estruturantes de transporte para se chegar até ele, aumentará o fluxo de cargas com produtos mato-grossenses nessa estação portuária, que por enquanto está limitada à movimentação de 2 milhões de toneladas vindas de todo o país.

R20;Os portos do Norte e Nordeste são muito importantes para o escoamento da produção de Mato Grosso, beneficiando principalmente os municípios localizados nas regiões Norte e Médio-Norte do Estado”. Ele complementa dizendo que cerca de 15% das exportações brasileiras saem pelos portos dessas regiões, e que com os investimentos previstos no Projeto Tegram e em modais de transportes, que aumentarão o fluxo para os portos do Norte, esse percentual subirá para até 25% nos próximos 10 a 15 anos.

Glauber diz ainda que os embarques ao mercado externo pelos portos dessa região do Brasil proporcionam um ganho de um a quatro dias de navegação, dependendo do país de origem e de destino. Isso porque, embarcando o produto nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), os navios têm que percorrer todo o trajeto rumo ao Norte, o que seria desnecessário saindo direto do Norte.

Os investimentos que estão cotados para serem aplicados na ampliação do porto de Itaqui serão provenientes de parcerias público-privadas (PPPs). Do total estimado para o aporte financeiro (R$ 800 milhões), R$ 300 milhões serão investidos pelo governo federal, sendo uma parte com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o restante será de investidores do setor privado. “É um grande projeto e que será fundamental para aumentar as exportações pela região Norte do país, usando tecnologias e proporcionando mais eficiência no transporte até o destino final”.

E entre os benefícios para o produtor, o presidente da Aprosoja já calcula que haverá redução nos custos com o transporte. Como parâmetro, ele cita o porto de Santarém, no Pará. Conforme Glauber, cada tonelada exportada por esse terminal significará uma redução do custo logístico de 30% até 50%, do que o produto enviado aos portos do Sul e Sudeste, valor que vai depender do município no Estado onde o grão foi embarcado e do modal utilizado.

Na pauta dos diretores da Aprosoja e do Movimento Pró-logística estão também visitas na quarta-feira (13) e quinta-feira (14) a outros dois portos, o de Santarém e o de Vila do Conde, ambos no Pará. Esse segundo ainda não opera com grãos, mas a perspectiva é que no futuro, com a conclusão da eclusa de Tucuruí e ramais de transporte, a exemplo da conclusão da ferrovia Ferronorte até Belém, o porto passe a receber soja e milho. “Temos que trabalhar com projetos paralelos, para que se tenha estrutura portuária e de infraestrutura de acesso aos portos”, diz ao complementar que esses três portos serão estratégicos para aumentar e otimizar as exportações mato-grossenses de grãos.
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