As polícias Militar e Civil tiraram de circulação, na tarde de quinta-feira (7), uma quadrilha que estava se preparando para roubar uma carga de defensivos agrícolas, avaliada em R$ 2 milhões. Os quatro elementos acusados foram presos na cidade de Ribeirãozinho, a 80 km de Barra do Garças.
 
De acordo com a polícia, os acusados estavam se deslocando de carro para conhecer a fazenda que iriam roubar na sequência, quando foram interceptados pelo Grupamento de Motos CAR da Polícia Militar. A intenção dos bandidos era roubar a carga de agrotóxicos da fazenda do agricultor Ivo Bueno.

No primeiro instante, os elementos negaram a intenção do crime, mas depois confessaram o plano e mostraram o esconderijo onde deixaram as armas e as munições que seriam utilizadas no assalto. Foram presos Adelino Messias de Souza, Cleiber José de Souza, Orlan Pereira dos Santos e Anísio Alves de Souza, que estavam num veículo Corsa branco com placas de Cuiabá. Segundo informação do tenente Diniz, três dos acusados são de Rondonópolis e o quarto integrante é de Minas Gerais.
A quadrilha estava municiada com dois revólveres calibre 38 e uma pistola 1.40 de uso exclusivo das polícias Civil e Militar – a principal suspeita é de que deve pertencer à Polícia Civil O bando planejava invadir a fazenda à noite para render os funcionários da propriedade que seriam amarrados enquanto eles fariam o roubo da carga de defensivos para ser revendida em outra região ou, quem sabe, até em outro estado. Há suspeita de que os elementos já tenham feito isso em outras fazendas de Mato Grosso.

As armas e munições foram encontradas num esconderijo na rodovia MT-100, entre Torixoréu e Ribeirãozinho. “A quadrilha estava desarmada, temendo alguma abordagem da polícia na cidade e queria fazer um levantamento da fazenda para depois atacá-la”, explicou. Os acusados foram encaminhados na noite de ontem para Barra do Garças, onde a delegada Débora Cardoso fez o flagrante.

No mês de novembro, foram registrados em fazendas da região dois roubos de defensivos agrícolas, produtos de custo financeiro alto e que por isso despertam a curiosidade dos bandidos. Com os roubos, eles buscam formar uma espécie de mercado negro revendendo os produtos na praça sem nota e nenhum tipo de fiscalização. Assim, existe também o risco de contaminação pelo manuseio inadequado dos produtos, afetando decisivamente o meio ambiente.