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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Deputado da meia segue como presidente, e reunião é cancelada

Foi cancelada a reunião da Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) prevista para ocorrer nesta sexta-feira e que teria como objetivo discutir se o deputado Leonardo Prudente (sem partido), flagrado colocando dinheiro supostamente vindo de propina nas meias, continuará ou não na presidência da Casa.


Prudente se afastou do cargo de presidente no fim do ano passado alegando problemas de saúde depois de ter seu nome no centro do escândalo do mensalão do DEM. Entretanto, no dia 30 de dezembro foi publicado no Diário Oficial da Câmara Legislativa o retorno de Prudente ao cargo.

Com isso, a bancada do PT anunciou que seria realizada uma reunião da Mesa para debater o assunto. De acordo com a Secretaria Geral da Casa, não haverá reunião porque não é preciso se seguir este tipo de procedimento para que o deputado volte ao comando.

De acordo com o secretário-geral da Câmara Legislativa, Gustavo Marques, o regimento interno da CLDF prevê que, se o deputado se afasta de um cargo por problemas de saúde, cabe a ele decidir quando retomar o cargo e suas atividades normais. Segundo ele, a decisão não precisa ser referendada pela Mesa.

Ele afirmou que Prudente comunicou seu retorno ainda no dia 29 de dezembro. Marques disse que, como se criou uma expectativa em torno desta suposta reunião da Mesa, ele encomendou um parecer da Procuradoria da Casa para explicar oficialmente por que Prudente pode voltar a presidência.

A bancada do PT está reunida para avaliar se existe alguma medida que pode ser tomada para impedir esta situação e para que seja realizada a reunião. Enquanto isso, o gabinete da presidência da CLDF já foi desocupado pelo deputado Cabo Patrício (PT), que assumiu a presidência interinamente no afastamento de Prudente.

Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados nas últimas semanas, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário
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