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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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nova batalha

Arantes oferece patrimônio podre aos pecuaristas, diz Vacari

Nesta terça-feira (12) mais uma tentativa de acordo entre o frigorífico Arantes, em recuperação judicial desde 9 de janeiro de 2009, e seus credores foi suspensa e transferida para outra data.

Nesta terça-feira (12) mais uma tentativa de acordo entre o frigorífico Arantes, em recuperação judicial desde 9 de janeiro de 2009, e seus credores foi suspensa e transferida para outra data. “O Arantes está oferecendo um patrimônio podre para os pecuaristas, sem nenhuma liquidez”, afirma Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).


Na proposta que o Arantes apresentou, o ponto que mais preocupa os pecuaristas é que o frigorífico quer atrelar o pagamento dos pecuaristas à venda de seus imóveis.

“Não é justo, depois de um ano de espera, o frigorífico apresentar uma proposta como essa. Não aceitamos, e se continuar assim, é melhor que seja decretada a falência da empresa”, salientou o superintendente da Acrimat.

O presidente da Comissão de Credores dos Frigoríficos de Mato Grosso, Marcos da Rosa, também é enfático ao dizer: “Não sabemos em que situação esses imóveis se encontram e dificilmente alguém compra alguma coisa que esteja com problemas judiciais. Nós queremos receber em dinheiro e não aceitamos receber imóveis em lugar de dinheiro”.

O advogado paulista Leonardo Ribeiro, que participou da AGC, comentou que “caso os imóveis não sejam vendidos nos 12 meses propostos pelo frigorífico, os pecuaristas irão enfrentar uma nova batalha judicial para vender esses imóveis e isso pode durar anos”.

O superintendente da Acrimat é taxativo: “Existe um protecionismo claro do Arantes com os bancos, e os pecuaristas devem ficar atentos, pois os bancos retêm mais de 90% dos créditos do Arantes. O que eles não estão levando em conta é que se não acertarem com os pecuaristas o frigorífico não retorna ao mercado, pois vamos fazer uma campanha para que o pecuarista seja parceiro apenas de empresas com compromisso com o produtor e não só com instituições financeiras”. Ele ressalta ainda: “Boi não nasce em caixas eletrônicas. Sem o boi não existe a cadeia produtiva desse setor”.

Os pecuaristas e os trabalhadores juntos não representam 3% da dívida total do Arantes. A proposta do frigorífico para os pecuaristas é de pagamento da dívida em 12 parcelas, com correção pela CDI e garantias de pagamento atrelado à venda de seus imóveis. Os pecuaristas querem pagamento em 90 dias e a garantia de receber em dinheiro. ”Entregamos um produto de alta liquidez para o Arantes e por isso não aceitamos moeda podre”, anunciou o superintendente da Acrimat.

Em Mato Grosso a dívida do Arantes chega a R$ 13 milhões com pecuaristas, e com os produtores de Cachoeira Alta (GO), Imperatriz (MA) e Unaí (MG) o montante é de R$ 7 milhões. A dívida do frigorífico com os demais fornecedores é de mais de R$ 30 milhões e com os trabalhadores de cerca de R$ 10 milhões. A maior fatia, no entanto, é junto a 22 instituições bancárias, de R$ 1,1 bilhão.

As informações são da Acrimat.
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