O presidente da União das Feiras da Baixada Cuiabana (UFBC), Pedro Albuquerque, o ‘Pedrinho da Feira’, criticou o oportunismo do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Mendes (PSB), potencial candidato ao governo do Estado, e avalia que o empresário representa a elite e está sendo hipócrita.
Mesmo se esforçando para mostrar-se “socialista”, o presidente da Federação das Indústrias não consegue esconder seu lado elitista, avalia Pedrinho da Feira, segundo o qual a tática de Mendes em percorrer as feiras da Grande Cuiabá nos finais de semana não surtirá efeito por conta do perfil elitista do empresário.
“Todos sabem que ele é da elite e não adianta, agora, posar de ‘homem do povo’. Creio que ele deve ter hombridade de se apresentar como representante dos abastados e não tentar maquiar uma imagem de mero cunho eleitoral”, argumenta Pedrinho.
Para o líder dos feirantes, Mendes é oportunista. “Esse senhor Mauro Mendes nunca apareceu nas feiras para propor qualquer tipo de parceria que pudesse gerar benefícios aos profissionais do ramo, seja como presidente da Fiemt ou como político”, declara.
“Conheço Mauro Mendes e, até onde sei, ele é muito rico e não tem costume de frequentar as feiras nos bairros pobres de Cuiabá, como faz, atualmente”, critica ele. “Provavelmente está sendo orientado por marqueteiros para tentar se mostrar mais popular. Diga-se de passagem: mal orientado”, protesta o líder dos feirantes.
O presidente da UFBC recorda que, em 2008, então na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, Mauro Mendes teve de ser “apresentado” aos feirantes e líderes comunitários da capital, justamente por circular apenas em ambientes requintados. “Ele não gosta da plebe”, reforça Pedrinho. "Mauro Mendes só se apresenta à categoria, nas feiras, em momentos pré-eleitorais ou durante as eleições".
Como pré-candidato ao governo, Mauro Mendes tenta percorrer o caminho inverso: ir para o corpo-a-corpo na pré-campanha em locais públicos e bairros periféricos, para, então, ter “tempo” de percorrer os municípios após a convenção, em junho.
Pedrinho da Feira considera legítima a postulação de Mauro Mendes, porém vê como "hipocrisia" a tentativa do neossocialista de apresentar-se aos feirantes como “homem do povão”.
