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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Notícias | Agronegócios

Sul busca apoio federal para a safra após perdas com chuvas

O Rio Grande do Sul é o primeiro estado em busca de soluções para reverter os prejuízos causados pelo excesso de chuvas no setor agrícola. Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA) concordou fornecer de imediato sementes para o replantio de algumas culturas. O montante fornecido não foi divulgado.


O secretário João Carlos Machado estuda, até o fim desta semana, a possibilidade de obter linhas de créditos municipais de investimentos emergenciais para os produtores que sofreram perdas totais e parciais. Hoje, os conselhos agropecuários de cada região devem divulgar o levantamento dos agricultores atingidos, bem como seus reais prejuízos. As informações são da Fetag.

Amauri Miotto, diretor financeiro da entidade, disse ainda que a Federação também pediu para que o prazo das prestações de créditos anteriores fossem prorrogados. "Pedimos a prorrogação em pelo menos um ano para as parcelas que devem começar a vencer daqui a 15 dias", diz.

Entre as solicitações da Fetag também consta o empréstimo de maquinário para auxiliar na limpeza de lavoura, principalmente para a zona central, noroeste, serras e depressões.

Segundo Maurício Fischer, presidente do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), a região deve deixar de colher uma média de 12% a 15% - mais ou menos 1 milhão de toneladas do grão - este ano, se comparado ao mesmo período de 2009, quando foram produzidas 8.040.000 toneladas do produto.

Ainda de acordo com Fischer, a colheita 2010 deve ser estendida até maio e as perdas de arroz estimadas para este ano podem se refletir em 2011. "O prejuízo no sistema de produção como um todo deve ser de 15%. Se for faltar arroz, será sentido em 2011", diz.

Ontem, a Federação encaminhou ao Ministério da Agricultura e Planejamento Agrícola (Mapa) reivindicações de recursos financeiros por meio da integração nacional em uma tentativa de minimizar as perdas agrícolas que atingiram 36.339 mil famílias de agricultores familiares no Rio Grande do Sul. Destas, 24 mil são produtores de fumo. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê mais chuvas no estado para os próximos dias.

Soja e feijão

Além do Rio Grande do Sul, onde a Fetag calcula prejuízo de R$ 1 bilhão para agricultores familiares, a soja no Paraná, Mato Grosso e em São Paulo é foco de atenção devido à ferrugem, praga que surge em consequência da umidade.

Otmar Hubner, engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), disse que a colheita do feijão tem preocupado os produtores e já existem alguns focos de ferrugem na soja da região. "Não se fala em prejuízo ainda, mas tem chovido e o temporal que cai, às vezes, preocupa. Se as chuvas continuarem, pode comprometer a safra de feijão. A ferrugem esta sob controle. Estamos trabalhando com aplicações preventivas", diz.

O Paraná está em fase inicial de colheita da safra de verão, a qual deve render em torno de 20 milhões de toneladas, em linha com ao mesmo período de 2009. A Seab espera para este mês, período de plantio da safrinha de milho e a segunda de feijão, 6 e 7 milhões de toneladas, respectivamente.

Em Nova Mutum, foi confirmado, esta semana, o primeiro foco de ferrugem na soja. A doença também foi identificada nos municípios de Diamantino, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Ao todo foram registrados até o dia 8 de janeiro, 87 focos em Mato Grosso. Os dados são da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja).
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