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Terça-feira, 30 de abril de 2024

Notícias | Economia

Nenhum governo da zona do euro terá tratamento especial, diz BC europeu

O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, disse nesta quinta-feira que, apesar das dificuldades da Grécia e outros países da zona do euro, nenhum deles receberá tratamento especial.


"Nenhum governo pode esperar do BCE um tratamento especial. Nós temos nossos princípios e os aplicaremos", declarou Trichet após a reunião realizada hoje em Frankfurt --na qual a instituição decidiu manter sua taxa de juros em 1% ao ano.

Questionado sobre se a gravidade da situação na Grécia poderia resultar na saída desse país da zona do euro, o banqueiro francês respondeu: "Não comento hipóteses absurdas".

Acrescentou que, apesar da recuperação que algumas economias começam a apresentar, "há muito trabalho a fazer" e por isso o BCE insiste nas reformas, na redução do deficit, em políticas orçamentária e fiscal corretas.

Trichet afirmou que os problemas enfrentados pela Grécia e outros países da zona do euro com problemas, entre os quais só citou a Irlanda, indicam que esses países não fizeram ou fazem devidamente seu trabalho. "O problema não é a ajuda do BCE. O problema é tomar as decisões corretas e aplicá-las. Fazer o trabalho", destacou.

"Para o BCE, o que conta é que administramos uma moeda comum para 330 milhões de pessoas em 16 países diferentes", destacou.

Quanto à política de juros, Trichet afirmou que a decisão de mantê-los inalterados em 1% foi adotada por unanimidade, motivada pela opinião coletiva de que esse nível é o "apropriado" para impulsionar a recuperação econômica e assegurar a estabilidade de preços na zona do euro.

O presidente do BCE evitou todo comentário que possa gerar indícios de como evoluirão os juros "por mais importante que isso seja para os mercados".

Bancos

Trichet destacou a importância de os bancos aproveitarem as condições atuais para recuperação e realizarem reformas oportunas, pois "nossas democracias não aceitarão que esta crise volte a se repetir".

Ele reiterou também as previsões para a zona do euro anunciadas em dezembro, que falam de crescimento, embora moderado, em 2010.

"O processo de recuperação será possivelmente desigual e as perspectivas econômicas estão submissas à incerteza, tanto que alguns fatores que apontam esse crescimento têm caráter temporário", lembrou o presidente do banco europeu.

Indicou que o conselho de Governo considera que as pressões inflacionárias a médio prazo são baixas, ao passo que ocorre uma queda do crescimento do crédito e da base monetária.

Trichet destacou que a concessão de créditos a empresas é negativa e piorou nos últimos meses, o que reflete a reticência em dar empréstimos com um vencimento mais curto. "Em geral, esperamos que a estabilidade de preços se manterá a médio prazo ancoradas nos objetivos do BCE de manter as taxas de inflação abaixo mas próximas ao 2%", disse.

Com relação ao mercado de câmbio, o presidente do BCE reiterou a importância de um dólar forte, o que, segundo ele, "é de interesse dos Estados Unidos", como reconhece o próprio secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner.
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