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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Para ONU, Haiti é a crise humanitária mais grave em décadas

O terremoto que devastou o Haiti e deixou dezenas de milhares de mortos representa "a crise humanitária mais grave em décadas", afirmou neste domingo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pouco antes de viajar para Porto Príncipe.


"Vou ao Haiti com o coração entristecido para expressar a solidariedade e o total apoio da ONU ao povo haitiano", declarou aos jornalistas.

Ban listou as três prioridades: salvar a maior quantidade possível de pessoas, levar urgentemente ajuda humanitária - água, alimentos e os medicamentos necessários - e coordenar a ajuda estrangeira.

O secretário-geral informou também que se prepara para o pior, ao comentar a situação dos funcionários da ONU ainda desaparecidos após o terremoto. A organização confirmou a morte de 40 funcionários e 330 permanecem desaparecidos.

Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.


Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti. Além deles, o terremoto também vitimou Luiz Carlos da Costa, a segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

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