A cidade de São José do Rio Preto, a 438 quilômetros de São Paulo, decretou estado de calamidade pública na segunda-feira (19) após o temporal que atingiu o município, o pior dos últimos 12 anos. Duas pessoas morreram afogadas por causa da enxurrada.

Um aposentado morreu após ficar preso dentro do carro arrastado pela enxurrada. O bombeiro Luciano Rodrigues de Sousa, de 24 anos, foi levado pela água enquanto tentava resgatar uma mulher em cima de um carro. Um cinegrafista amador registrou o momento em que os colegas tentavam reanimá-lo, mas ele morreu no hospital.

“Apesar de ter colete, a força da água faz ele subir e descer”, disse o tentente-coronel Adriano Leandro Graton, do Corpo de Bombeiros. A enchente invadiu postos de saúde, escolas e o comércio.

A estimativa é que sejam necessários R$ 30 milhões para consertar os estragos. Em três horas choveu o equivalente a metade do total esperado para o mês inteiro. A represa que abastece a cidade transbordou. A rodoviária foi invadida pela água.

Outros estragos

Em Campinas, a 93 quilômetros de São Paulo, o alagamento atingiu mais de 100 famílias de um bairro da periferia. Os moradores tentaram erguer alguns móveis, mas mesmo assim muita coisa se perdeu.

As casas ficaram cheias de lama. Um carro que estava estacionado na rua também foi arrastado com a força da água. Sete famílias tiveram que passar a noite em um abrigo. Outras foram para a casa de parentes.

A chuva também atingiu a cidade de Capivari, que sofre com temporais desde o fim do ano passado. O rio subiu de novo, três bairros foram atingidos e 15 famílias tiveram que deixar suas casas.

A Rodovia do Açúcar foi interditada após deslizamentos de terra. Os motoristas precisam fazer desvios pela Rodovia dos Bandeirantes ou pela SP-147, passando pelas cidades de Tietê, Saltinho e Piracicaba. A entrada principal de Capivari está alagada.