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Domingo, 05 de maio de 2024

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Com desentendimentos e pressões de aliados, Morales toma posse do segundo mandato

Às voltas com nomeações para cargos-chaves no Congresso e articulações para as eleições regionais de abril, o presidente reeleito da Bolívia, Evo Morales, envolveu-se em nova polêmica. Morales atacou o prefeito de La Paz (capital administrativa do país), Juan Del Granado.


As trocas públicas de insulto ocorrem na semana em que Morales será reconduzido para seu segundo mandato. A cerimônia será na sexta-feira (22), com a presença de várias autoridades estrangeiras.

O desentendimento com Morales ocorreu porque Granado teria tentado cooptar nome para seu partido (Partido dos Sem Medo), reduzindo as chances de o presidente aumentar sua sigla (Movimento ao Socialismo). Irritado com a iniciativa do antigo correligionário, o presidente chamou-o de "lixeiro" e "ave de rapina", insultos que, para os bolivianos, são ofensas graves.

Depois dos desentendimentos, o presidente ameaça romper com a aliança - integrada pelo partido do prefeito de La Paz - que o ajudou a se reeleger com mais de 60% dos votos em dezembro de 2009. No entanto, políticos ligados aos dois lados apostam na possibilidade de um acordo entre Morales e Granado.

Paralelamente, Evo Morales é pressionado por vários partidos e entidades civis que colaboraram com a sua reeleição para que realize uma reforma ministerial. O presidente resiste à ideia de mudar seus principais assessores. Vários deles, entretanto, colocaram os cargos à disposição para deixar Morales à vontade. A expectativa é de que a definição ocorra nos próximos dias.

Com maioria no Congresso e o apoio de boa parte dos sindicatos e das camadas populares, Morales quer garantir também o controle regional. Em 4 de abril serão realizadas eleições para nove governadores, 234 deputados estaduais, 327 prefeitos e 1.700 conselheiros municipais.

Depois de promover mudanças na legislação para garantir a possibilidade de reeleição, Morales permanecerá mais cinco anos no governo. Mantendo a fidelidade ao estilo que o consagrou internacionalmente como referência indígena, o presidente se submeterá a uma cerimônia de "limpeza espiritual" promovida pelos povos pré-incas.

Em um povoado a 70 quilômetros de La Paz, Morales participará - exatamente como ocorreu em 2006 - de uma cerimônia de bênçãos. A solenidade é conduzida por uma anciã e uma menina. Os povos pré-incas acreditam que, com isso, o descendente será conduzido por bons caminhos pelos espíritos da sabedoria. Também é quando ocorre o agradecimento de Morales aos ancestrais pelas conquistas que tem alcançado.

Na ocasião, o presidente reeleito estará vestido com uma túnica nas cores branca e preta. De acordo com os indígenas, são as cores da prosperidade, sabedoria e êxito. Ele receberá um bastão, como símbolo de liderança e bons fluidos, das mãos de uma menina indígena.
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