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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Obama condena regra da Suprema Corte sobre doações políticas e sinaliza reação

O presidente Barack Obama questionou nesta quinta-feira a Suprema Corte por autorizar o financiamento livre por parte das empresas das campanhas eleitorais nacionais e advertiu para o fluxo de dinheiro doado com duplas intenções para a política, sinalizando uma resposta política é decisão.


Mais cedo, por 5 votos a 4, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu autorizar as empresas a financiarem livremente as campanhas eleitorais no país.

"Com sua decisão de hoje, a Suprema Corte deu uma luz verde a uma nova enxurrada de dinheiro de interesses especiais em nossa política", disse Obama em um comunicado.

A medida constitui uma verdadeira revolução na lei eleitoral americana, que limitava as doações das empresas há 20 anos.

Assim, a mais alta jurisdição dos EUA derrubou a regra que proibia às empresas privadas financiarem campanhas em favor de um ou outro candidato. Elas só podiam desbloquear fundos através de um "comitê de ação política" especialmente criado para este fim.

A Suprema Corte também decidiu que se uma propaganda eleitoral não for financiada pelo próprio candidato ou por seu partido, o nome do patrocinador deverá aparecer claramente.

Contra a opinião do governo Obama, que defendia a antiga lei eleitoral, os nove integrantes da Suprema Corte estimaram que a supressão destes limites ao financiamento de campanhas eleitorais pelas empresas não aumenta o risco de corrupção.

Eles também rejeitaram o argumento segundo o qual os acionistas podem acabar dando dinheiro para defender posições políticas que não compartilham, considerando que este risco já existia antes da nova lei.

"É uma grande vitória para os grandes industriais do petróleo, os bancos e Wall Street, para as seguradoras da saúde e todos os poderosos interesses que maquinam seu poder diariamente em Washington para fazer calar as vozes dos americanos comuns", disse o presidente, cuja campanha foi financiada em grande parte por pequenas doações arrecadadas pela internet.

Ele sinalizou que pode tentar reverter os efeitos da decisão por meio de novas leis.

"Nós vamos falar com líderes bipartidários do Congresso para desenvolver uma resposta enérgica a essa decisão. O interesse público exige nada menos que isso", disse o presidente.
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