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Domingo, 28 de abril de 2024

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Vancouver promete gerenciar carbono em "Olimpíada verde"

Uma Olimpíada de Inverno depende de gelo e neve. E gelo e neve dependem de frio. De olho na constatação, o Comitê Organizador da Olimpíada de Inverno de Vancouver (Vanoc) pretende transformar o evento de 2010 em um exemplo ecológico, apresentando ao mundo a mais "verde" das edições das Olimpíadas de Inverno de toda a história.


Em seu planejamento para as competições, o Vanoc apresentou o Carbon Management Program, de forma que atletas, dirigentes e espectadores possam reduzir a emissão de carbono - antes, durante e depois da Olimpíada - e ajudem a diminuir a elevação da temperatura da Terra, que caracteriza o aquecimento global e prejudica geleiras e montanhas nevadas em todo o mundo.

Segundo o programa, mais do que realizar provas e distribuir medalhas, a Olimpíada de Inverno de 2010 terá a função de alertar ao mundo sobre o perigo das mudanças climáticas e mostrar que grandes eventos podem ser realizados com baixa emissão de gás carbônico. Para isso, em novembro de 2009, o comitê lançou uma cartilha com sua estratégia particular.

Cada visitante do site oficial pode calcular o valor aproximado de carbono que emite diariamente. A partir daí, cada um que se comprometer com a causa deverá reduzir os hábitos que representam mais emissão, compensando de maneiras diversas os hábitos nos quais for impossível a redução. Feita a parte pessoal, o Vanoc pede os interessados que permitam e incentivem ações semelhantes em outros lugares.

A tarefa não é simples, e os canadenses sabem disso. Desde julho de 2003, quando Vancouver foi eleita sede da Olimpíada de Inverno, calcula-se que mais de 120 mil toneladas de carbono tenham sido lançados na atmosfera em construção de estruturas, operações locais, transporte e administração do lixo. Além disso, as emissões indiretas, causadas, por exemplo, em viagens e acomodações de turistas, podem chegar a 150 mil toneladas até o final das provas.

Reflexos? Na prática, já podem ser vistos nas temperaturas menos rigorosas que os canadenses enfrentam no começo do ano. A Cypress Mountain, local de provas de esqui durante a Olimpíada de Vancouver, já tem um plano emergencial para restaurar a neve em áreas prejudicadas pelo calor. O próprio Vanoc já admitiu ter neve em estoque para evitar problemas com o aumento das temperaturas. Na dúvida, o acesso do público à montanha já foi fechado para evitar problemas.

A preocupação com o calor levou o comitê a firmar uma parceria inédita em Olimpíadas de Inverno. Em 2010, pela primeira vez, a competição terá o apoio e o patrocínio de uma empresa especializada em ações de compensação de emissão de carbono e em projetos de tecnologia limpa que retirem ou evitem a emissão de carbono para a atmosfera - no caso, a canadense Offsetters, que disponibiliza no site oficial dos Jogos de Vancouver o cálculo da emissão pessoal de carbono.

No guia lançado em 3 de novembro de 2009, o comitê organizador relacionava pelo menos 26 entidades que haviam se comprometido com a ideia. Gigantes como Coca-Cola, McDonald's, Bombardier, Panasonic, Visa e Ricoh estão ao lado, por exemplo, do governo da província de Columbia Britânica na causa.

Segundo o Vanoc, as experiências em Vancouver poderão tornar mais sustentáveis a cidade, o país e o mundo, permitindo no futuro o fornecimento de energia por biomassa, a substituição do petróleo por fontes ecológicas de combustíveis nos carros, produção de eletricidade por células de hidrogênio e sistemas de aquecimento de prédios comerciais de alta eficiência. Mais do que medalhas e recordes, este é o grande legado que Vancouver pode deixar.
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