No último domingo, 24 de janeiro, foi comemorado o Dia Mundial do Hanseniano. Em Cuiabá, cerca de 350 pacientes realizam, atualmente, tratamento contra a hanseníase nas unidades da rede municipal de saúde.

A hanseníase é uma doença provocada pelo bacilo de Hansen, que afeta os nervos e a pele. Seu tratamento é oferecido exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Além do tratamento gratuito, com acompanhamento médico e medicamentoso, o município de Cuiabá ainda garante aos pacientes portadores de hanseníase uma cesta básica mensal.

De acordo com a responsável técnica pelo Programa de Controle da Hanseníase na rede municipal de Cuiabá, a enfermeira Ivanete Marques Viana, o tratamento dura de seis meses a um ano. “O paciente deve ir até a unidade de saúde mensalmente para receber o medicamento e fazer o acompanhamento”, explica.

Segundo a técnica, além do preconceito, as pessoas ainda confundem os sintomas da hanseníase. “Uma das principais diferenças entre uma mancha de micose e uma de hanseníase, por exemplo, é a coceira. A área afetada pela hanseníase não coça nem transpira”, ressalta.

Os principais sintomas da doença são dor nos nervos na região dos braços e das pernas; aparecimento de manchas brancas ou avermelhadas dormentes em qualquer parte do corpo; não sentir dor quando corta ou queima uma parte afetada (onde apareceram as manchas); surgimento de caroços ou nódulos, principalmente no rosto e nas orelhas e formigamento ou dormência em alguma parte do corpo.

Ao notar os sintomas, a pessoa pode procurar a unidade do Programa de Saúde da Família (PSF) mais próxima de sua casa, já que a hanseníase pode ser transmitida. No entanto, 24 horas após o início do tratamento, o paciente já não oferece mais risco algum de transmissão.