Os deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal podem definir hoje o nome do novo presidente da Casa. O prazo de sete dias úteis para que a escolha aconteça começa a contar a partir da publicação da renúncia do ex-presidente Leonardo Prudente (sem partido) no Diário da Câmara Legislativa. Prudente, que foi filmado no suposto esquema de mensalão do DEM guardando dinheiro nas meias, renunciou na segunda-feira (25).

A escolha de seu sucessor, no entanto, não será surpresa. Os aliados do governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido), são maioria e devem eleger o nome mais fiel entre os distritais Raimundo Ribeiro (PSDB), Eliana Pedrosa (DEM) - os dois ex-secretários do governo que retornaram à Câmara -, além de Wilson Lima (PR) e Batista das Cooperativas (PRP).

Os governistas se reúnem nesta terça-feira (26) para tentar um nome de consenso a ser apresentado para a eleição.

Das 24 cadeiras no Legislativo, a base aliada ocupa pelo menos 18 lugares. A oposição também pretende lançar candidato próprio ao comando da Casa, mas não deve quebrar a barreira da base do governo.
Entenda o esquema de corrupção no DF

Os parlamentares vão discutir também a nova composição da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) depois que uma liminar do Tribunal de Justiça do DF tornou nulas todas as votações que tiveram a participação dos oito deputados acusados de envolvimento no esquema de propinas. Eles foram afastados de todas as etapas de julgamento dos processos de impeachment contra o governador. A CCJ é a instância que vai autorizar ou não a abertura de processo por crime de responsabilidade contra Arruda.

O deputado Geraldo Naves (DEM), atual presidente da CCJ, pretende ser escolhido novamente para o comando da comissão. Se for confirmado, Naves também deve repetir a indicação do relator dos processos de impeachment contra o governador, o aliado Batista das Cooperativas (PRP).