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Sábado, 04 de maio de 2024

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Thomas Shannon assume como novo embaixador dos EUA em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje as credenciais do novo embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Thomas Shannon. Foram sete meses de espera da nomeação à confirmação de Shannon pelo Senado americano, devido a disputas políticas internas entre democratas e republicanos.


Ex-secretário assistente para Assuntos do hemisfério Ocidental, cargo que ocupou em parte do governo George W. Bush (2001-2009) e nos primeiros meses do governo Barack Obama, Shannon teve o nome bloqueado por três senadores com agendas diferentes e em momentos distintos do processo de aprovação.

O primeiro, Charles Grassley, reclamou do fato de o diplomata ter defendido o fim da taxação ao etanol brasileiro cobrada hoje pelos EUA. O segundo, Jim DeMint, questionou a posição a princípio dura dos EUA em relação ao golpe hondurenho. O último, o novato George LeMieux, representando os interesses da ala mais conservadora da comunidade cubano-americana da Flórida, dizia que Shannon havia sido leniente com o regime castrista em sua gestão.

Com muitas negociações de bastidores, que envolveram telefonemas e mesmo uma visita ao Senado da secretária de Estado, Hillary Clinton, e na qual a Chancelaria americana garantiu aos queixosos que era sensível às preocupações, as resistências foram quebradas.

Diplomata de carreira, Shannon, 51 anos, é considerado hábil negociador e conhecedor do subcontinente e do Brasil, onde ocupou um cargo antes, entre 1989 e 1992. Ele substitui em Brasília o embaixador Clifford Sobel.

Em Brasília, uma das primeiras tarefas de Shannon deverá ser a de organizar a vinda de Hillary Clinton e, ainda neste ano, a do presidente Obama. Na ocasião, os dois presidentes deverão assinar um acordo de cooperação comercial que vai englobar temas polêmicos, como etanol e suco de laranja.

Elogios

No último dia 1º, na cerimônia de apresentação de Shannon, no prédio do Departamento de Estado, em Washington, Hillary afirmou que o presidente Lula exerce um papel de liderança regional na América Latina e que o seu governo participa das principais negociações internacionais, sem se esquivar de tema algum.

Hillary também elogiou Shannon, que fala português fluentemente. Ela disse que ele era um dos melhores diplomatas americanos e "motivo de orgulho" para o governo.

Para diplomatas brasileiros, a escolha de Shannon é um marco nas relações entre ambos os países. Profundo conhecedor da história, política, economia e sociedade brasileiras, Shannon costuma dizer que se sente à vontade no Brasil.
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