O desgaste do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), por conta dos efeitos das chuvas e dos problemas de infraestrutura, além da decisão do TRE em rejeitar as contas de campanha do líder tucano, e a pré-candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) beneficiam o projeto político do vice-governador Silval Barbosa (PMDB) em disputar a sucessão de Blairo Maggi (PR).

A avaliação é do deputado federal Wellington Fagundes, presidente regional do PR, segundo o qual o quadro político poderá melhorar ainda mais para Silval quando o peemedebista "assumir definitivamente" a cadeira de governador a partir do começo de abril. "A situação é bastante favorável para ele (Barbosa)", enfatiza Fagundes, em entrevista concedida para o Olhar Direto, em Brasília.

Segundo o líder republicano, assim que o vice-governador assumir o comando do Palácio Paiaguás, o nível de exposição da imagem de Barbosa aumentará significativamente e essa massificação servirá para "mostrar as qualidades e a capacidade" do peemedebista.

"Logo após ele (Silval) assumir o cargo de governador no lugar do Blairo (candidato a senador), a tendência é de um novo crescimento nas pesquisas. Em mais trinta dias, de cara, o Silval pode subir entre 5% e 10% com uma maior exposição na midia e com as ações de governo", prevê.

E a região mais propensa a "assimilar" a candidatura de Barbosa é, segundo Wellington, "especialmente na Baixada Cuiabana".  

"Na Grande Cuiabá e na Baixada, ele (Silval) tem um pouco de dificuldade por causa da força política do prefeito Wilson Santos, do próprio Jaime (Campos, senador do DEM e também potencial candidato ao governo) e do Mauro Mendes (que teve grande massificação por ter sido candidato a prefeito de Cuiabá nas eleições de 2008)", assinala o parlamentar do PR.