O prefeito de Querência, Fernando Gorgen, criticou duramente a ação de ambientalistas e de ongs (organizações não-governamentais) que acusam os produtores rurais de serem os responsáveis pelos problemas ambientais. Gorgen participou hoje de audiência pública na Comissão Especial destinada a discutir mudanças no Código Florestal na Câmara dos Deputados, em Brasília, e fez um discurso emocionado em defesa dos produtores rurais.
Segundo ele, as grandes ongs internacionais são oriundas de regiões não produtoras, mas que por interesses econômicos trabalham para multar e combater os produtores rurais brasileiros. Ele citou o plantio direto como um dos melhores sistemas de plantio do mundo, método pelo qual setor tem garantido produtividade, competitividade e preservação ambiental. O prefeito lembrou também do programa de microbacias para preservação dos biomas e para corrigir erosões.
Gorgen criticou também as mudanças exigidas pelos ambientalistas para criação de corredores ecológicos. Segundo ele, os corredores ecológicos já estão prontos. “É só preservá-los, eles já existem. Todas as bacias hidrográficas já estão interligadas. Não tem que inviabilizar nenhuma região produtora para criar estes corredores”, protestou.
Ele também questionou quais os critérios para definir as áreas que devem ser preservadas. Segundo ele, muitos produtores que ocuparam o Mato Grosso tinham permissão para abrir 80% da mata, mas com a mudança na legislação, a área a ser preservada foi aumentada para 50%. “Hoje eles são mal vistos pela mídia porque as leis mudaram e eles ficaram na ilegalidade. A legislação foi mudada por pressão de ongs e ambientalistas fanáticos que acusam o produtor rural pelas desgraças ambientais causadas pelas grandes cidades”, alertou.
“As enchentes nas grandes cidades não são culpa do produtor brasileiro. Temos que tirar a culpa das costas do produtor. Por isso, quero que os deputados abracem o novo código ambiental brasileiro para tirar os produtores da ilegalidade. Ninguém está mais preocupado com o solo e com o meio ambiente do que o produtor rural”, acrescentou.
