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POLÊMICA NO FÓRUM

Defesa de Riva levanta suspeitas sobre "visita" de delatora ao Gaeco em véspera de interrogatório

26 Fev 2016 - 17:24

Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Paulo Victor Fanaia Teixeira / Olhar Direto

Samuel Frungilo e Marcos Bulhões

Samuel Frungilo e Marcos Bulhões

Foi tensa a audiência que interrogou a colaboradora premiada Marisol Castro Sodré na manhã desta sexta-feira (26) no Fórum da Capital. Entre outros motivos, o tom da conversa se elevou quando a interrogada admitiu que se dirigiu à sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na última quinta-feira (25), às vésperas de seu interrogatório. A insistência da defesa de Riva por esclarecimentos relacionados à essa questão gerou a interrupção e o indeferimento das perguntas pela juíza Selma Arruda.

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De acordo com a própria colaboradora, o motivo da “visita”, acompanhada de seu advogado, Ricardo Monteiro, é o fato de ter tomado ciência de seu interrogatório com poucos dias de antecedência. Como parte do procedimento comum, se dirigiram ao Fórum nesta quinta-feira. Momento em que a colaboradora se "lembrou" de verificar a disponibilidade de seu bem, apreendido pelo Gaeco desde setembro de 2015, quando teve sua prisão preventiva decretada.

Ainda, explica que na sede do órgão permaneceu por cerca de 10 minutos e que lá teria visto e conversado rapidamente com os promotores envolvidos na ação, Marcos Bulhões e Samuel Frungilo. Fato confirmado e ignorado pelos próprios por não vislumbrar importância. Entretanto, não passou despercebido dos olhos do advogado de defesa do ex-deputado José Geraldo Riva, George Andrade Alves, que, munido de sensível ironia, estranhou o mérito da “visita”. Os promotores, que acompanhavam, em silêncio, ensaiavam um riso, apontando a estratégia “desesperada” pela defesa do ex-deputado.

O advogado da colaboradora, Ricardo Monteiro, ao final do interrogatório, avaliou o fato. Questionado que as perguntas da defesa deram a entender que o Ministério Público Estadual (MPE) tivesse, com ela, ensaiado um discurso, ele nega. “Não, tentaram insinuar isso. Antes de ontem viajei e entrei com requerimento, pois entendi que ela deveria ser ouvida por último, por ser o último ato. E ao retorno da viagem, a noite, vendo na internet o termo da audiência, vi que tinham adiantado a audiência para a manhã de hoje”. “Nós passamos lá não foi para tirar (o aparelho celular), pois lá não se entrega nada, na verdade fui lá para pedir para apressarem o trabalho que fazem (perícia), para devolverem o celular, que ela precisa para trabalhar. Foi só isso, nada mais”.

Ao final da audiência, os promotores falaram com a imprensa, mas não deram importância a questão.

O próximo ato está marcado para o dia 18 de março, onde novas testemunhas serão ouvidas. Finalmente, no dia 28 do mesmo mês, José Geraldo Riva e os demais réus serão interrogados pela juíza Selma Arruda. 
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