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VARA ÚNICA DE COLNIZA

Justiça interroga primeiro acusado de promover chacina contra nove em Colniza

29 Jan 2018 - 12:00

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Chacina de Colniza

Chacina de Colniza

O juiz Ricardo Menegucci, da Vara Única de Colniza, retoma às 14h desta terça-feira (30) a ação penal que julga os envolvidos na chamada “Chacina de Colniza”. Nesta segunda audiência, será interrogado o primeiro réu da ação, Pedro Ramos Nogueira (vulgo “Doca”).

A chacina foi cometida na área rural conhecida como Taquaruçu do Norte, na região de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), no dia 20 de abril de 2017, ganhou destaque em todo o país. Entre as vítimas estava um pastor da Igreja Assembleia de Deus.

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A audiência contará inicialmente com as oitivas das testemunhas Woshigton Kester Vieira e Edson Ricardo Pick. Logo em seguida se inicia a fase de interrogatórios. O primeiro a ser ouvido será Pedro Ramos Nogueira.

O caso:
 
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) denunciou, por homicídio triplamente qualificado (mediante paga, tortura e emboscada), cinco acusados de participar da chacina que resultou na morte de nove pessoas, no dia 19 de abril deste ano, na Linha 15, na localidade de Taquaruçu do Norte, no município de Colniza (1.114 km de Cuiabá).
 
Foram denunciados Valdelir João de Souza (conhecido como “Polaco Marceneiro” e apontado como o mandante), Pedro Ramos Nogueira (vulgo “Doca”), Paulo Neves Nogueira, Ronaldo Dalmoneck (o “Sula”) e Moisés Ferreira de Souza (conhecido como “Sargento Moisés” ou “Moisés da COE”).

Conforme a denúncia, os cinco integram um grupo de extermínio denominado “os encapuzados”, conhecidos na região como “guachebas”, ou matadores de aluguel, contratados com a finalidade de praticar ameaças e homicídios.
 
No dia da chacina, Pedro, Paulo, Ronaldo e Moisés, a mando de Valdelir, foram até a Linha 15, munidos de armas de fogo e arma branca, onde executaram Francisco Chaves da Silva, Edson Alves Antunes, Izaul Brito dos Santos, Alto Aparecido Carlini, Sebastião Ferreira de Souza, Fábio Rodrigues dos Santos, Samuel Antonio da Cunha, Ezequias Satos de Oliveira e Valmir Rangel do Nascimento.

O grupo de extermínio percorreu aproximadamente 9 km – praticamente toda a extensão da Linha 15 - onde foram matando, com requintes de crueldade, todos os que encontraram pelo caminho.
 
Taquaruçu do Norte fica em uma área de conflito, em que cerca de cem famílias estão abrigadas. Há informações preliminares, que ainda carecem de confirmação, de que um grupo denominado de “Encapuzados” faz a segurança de fazendeiros da região. Em 2011, o local já foi palco da expulsão de cerca de 700 famílias. 
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