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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Acusado de participar do assassinato do jornalista Auro Ida é condenado a 16 anos de prisão

Foto: Reprodução

Acusado de participar do assassinato do jornalista Auro Ida é condenado a 16 anos de prisão
O Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá condenou o réu Alessandro Silva da Paz  a 16 anos e 6 meses em regime fechado. Ele foi acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ser um dos mandantes da morte do jornalista Auro Ida.  Alessandro já estava preso preventivamente há 2 anos.

O jornalista foi assassinado a tiros em julho de 2011 por Evair Peres Madeira Arante, vulgo Baby, no bairro Jardim Fortaleza, em Cuiabá.

Segundo a assessoria de imprensa da corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o julgamento foi iniciado às 13h30 e terminou por volta das 23h30. Apenas uma testemunha (investigador de polícia) foi ouvida.

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As outras quatro testemunhas não foram localizadas. Defesa e Acusação  utilizaram todo o tempo disponível para as argumentações (debate, réplica e tréplica) desistiram das outras testemunhas que não foram localizadas nos endereços repassados.

A tese de defesa foi de negativa de participação no crime. A acusação foi de intermediação para contratação do executor. Na dosimetria da pena a juíza compreendeu que a culpabilidade do réu foi acentuada, pois formou-se praticamente um consórcio entre mandante, intermediário (Alessandro) e o executor para matar a vítima. As circunstâncias do crime também foram consideradas desfavoráveis a reação. Auro Ida foi pego de surpresa.

O caso

Investigações da Polícia Civil e interceptações telefônicas dos envolvidos revelaram que o crime acorreu por encomenda de Alessandro e do ex-marido de Bianca Nayara, Rubens Alves de Lima.

Baby foi condenado em agosto deste ano pelo Tribunal do Júri a 15 anos e seis meses de prisão em regime fechado e Rubens encontra-se foragido.

A morte do jornalista sempre esteve envolta a varias versões do crime. Se por um lado a polícia trabalhou e comprovou que se tratava de um crime de cunho passional, a defesa de Rubens tentou sustentar a tese de que Auro já vinha sendo ameaçado há algum tempo antes de sua morte devido a um material que estava investigando e produzindo em forma de conteúdo jornalístico.

Ao longo das oitivas realizadas pela juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Ferreira Fago, alguns depoimentos confirmaram as ameaças que o jornalista sofria. A primeira a falar sobre o assunto foi a jovem Pâmela Cristina Bastos, com quem Ida teve um relacionamento de quatro anos. Ele disse que ele sempre comentava sobre supostas ameaças relacionadas ao trabalho dele.

Outros depoimentos que confirmaram a tese foram do deputado José Riva (PSD), e do irmão dele, Priminho Riva, que em juízo confirmaram que dias antes da morte de Auro conversaram com o jornalista e ele disse que vinha sofrendo ameaças de morte. Apesar de relatar sobre o assunto, Riva disse que Auro não revelou a origem e a causa das ameaças.

Mesmo com esses depoimentos, a hipótese foi descartada e a tese de assassinato de cunho passional prevaleceu.
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