Duas semanas após a tragédia que resultou na morte do policial Militar do Estado do Alagoas, Abinoão Soares Oliveira, e no afogamento de mais três militares durante um curso de Tripulante Operacional Multimissão (TOMM), a delegada responsável pelo inquérito instaurado pela Polícia Civil, Ana Cristina Feldner, afirmou que ainda não há uma previsão para o término das investigações.

“Não tem como saber quando iremos terminar os trabalhos, pois cada depoimento tem durado aproximadamente cinco horas, o que podemos afirmar é que estamos buscando de todas as formas concluir a investigação antes do prazo máximo que é de 30 dias”, disse Ana Cristina.

Até o momento já prestaram depoimentos os todos os alunos do curso, os médicos que atenderam Abinoão, parte dos coordenadores e na sexta-feira (07) os instrutores começaram a ser ouvidos pela delegada.

As outras pessoas que passaram mal no curso já prestaram depoimentos. Tiago Rodrigues Mendes da Silva, de Goiás, e Luciano Prezato, do Paraná, no Centro Integrado de Cidadania e Segurança Pública (Cisc) Verdão, na primeira semana das oitivas. A cabo do corpo de Bombeiros de Mato Grosso Flávia Aparecida de Lima esteve internada até o dia 28, por ter sofrido com água dentro dos pulmões e prestou depoimento na terça-feira (04).

Os quatro policiais militares passaram mal durante um treinamento de flutuação. As causas de como eles teriam passado mal ainda são incertas. Todas as testemunhas envolvidas no caso foram orientadas a não falar nem os nomes à imprensa, para evitar especulações.

Abinoão Soares de Oliveira passou mal durante uma atividade de flutuação no curso de tripulante que era realizado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) no dia 24 de março. De acordo com o laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML) a causa da morte seria por asfixia mecânica, afogamento. Além do inquérito civil foi instaurado um inquérito militar para investigar as causas da morte.