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Domingo, 19 de maio de 2024

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Cachimbo da paz

Em busca de harmonia na Câmara de Cuiabá, João Emanuel parte diálogo individual com vereadores

Foto: Walter Machado / Câmara de Cuiabá

João Emanuel Lima, presidente da Câmara de Cuiabá, estaria acelerando diálogos em separado, individualmente, com cada um dos colegas.

João Emanuel Lima, presidente da Câmara de Cuiabá, estaria acelerando diálogos em separado, individualmente, com cada um dos colegas.

Disposto a a reduzir a ‘judicialização’ dos trabalhos no Poder Legislativo da Capital, o vereador João Emanuel (PSD), presidente da Câmara de Cuiabá por força de liminar, está conversando individualmente com cada um dos colegas. A meta central é reduzir a ‘judicialização’ dos trabalhos do Legislativo. “Lutamos para que tenhamos paz, mas para isso a paz precisa invadir o coração de cada um”, destaca ele, sem revelar com quem já conversou.


João Emanuel revela apenas que já teve contato, em separado, com praticamente metade dos 16 vereadores da base governista com quem enfrenta um imbróglio judicial há quase um mês. Ele ganhou fôlego para conversar após algumas vitórias judiciais do advogado Eduardo Mahon, responsável por sua defesa no episódio.

A anulação temporária da sessão vespertina do dia 29 de agosto, comandada pelo segundo vice-presidente da Câmara, vereador Haroldo da Açofer Kuzai (PMDB), realizou uma sessão – supostamente continuidade da matutina – para votar o afastamento do presidente. Na época, João Emanuel classificou a sessão como ‘clandestina’, mas depois optou por denominá-la de ‘diferente’.

Haroldo Kuzai foi o único da atual Mesa Diretora a assumir postura contrária ao atual mandatário. E deixa claro a ideia é encontrar meios de tirar João Emanuel Moreira da Presidência, em definitivo.

João Emanuel tem conseguido liminares nas Varas da Fazenda Pública de da Comarca de Cuiabá e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, invalidando a sessão do último dia 29. E isso lhe tem permitido dialogar com os demais parlamentares. “Os ânimos estão serenados. Então, agora, sem dúvida, é possível prevalecer o diálogo”, projeta o vereador Onofre Freitas Júnior (PSB), vice-presidente da Câmara Municipal, que exerceu a presidência por quatro dias.

Tendo contra si três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) propostas por 16 vereadores, Moreira Lima busca formas de enterrá-las. E talvez um dos trunfos seja o pivô de toda a confusão: a CPI dos Maquinários, instalada pelos nove vereadores de oposição. A idéia era investigar a licitação de R$ 9,5 milhões para aluguel de máquinas e caminhões pela Prefeitura de Cuiabá, no primeiro semestre.
Os vereadores Toninho de Souza (PSD), Ricardo Saad (PSDB) e Allan Kardec (PT), membros da original da CPI, denunciam que a licitação teve, entre as vencedoras, empresas com estreita ligação ao prefeito Mauro Mendes (PSB). Há duas semanas a CPI permanece com os trabalhos paralisados por determinação do Poder Judiciário.

A reportagem do Olhar Direto apurou que, mesmo paralisada, a CPI dos Maquinários pode ser “moeda de troca” para João Emanuel. Os vereadores Júlio Pinheiro (PTB), Adilson Levante (PSB), Lueci Ramos (PSDB), e Wilson Kero-Kero (PRP) contestam a legalidade da composição da CPI. Todavia, a saída pode ser política.

“Fomos eleitos para trabalhar. O povo confiou em cada um dos que têm assento hoje no Parlamento e nós todos precisamos dar uma resposta a essa confiança. Espero que possamos ocupar nosso tempo em discussões para a tomada de decisões para o crescimento de Cuiabá”, completa João Emanuel, que teria agenda lotada nos próximos dias, inclusive com almoços e jantares com alguns colegas da base governista.
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