O deputado José Riva (PSD) afirmou na manhã desta quarta-feira (30), que o vereador Toninho de Souza (PSD), presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, foi um dos que teriam extorquido o vereador cassado e genro do parlamentar, João Emanuel (PSD), em todo o processo de cassação.

“Posso citar aqui o caso do vereador Toninho de Souza (PSD), tenho o maior respeito por ele, mas o papel que ele fez com o João não é de gente correta, o Toninho fez isso com o João também. Ele já está denunciando para o partido e o PSD vai ter que tomar uma posição. Não é perseguição, mas no caso dele também houve extorsão”, disse Riva em entrevista concedida ao programa FolhaMix, da rádio Mix.

Recentemente o deputado trouxe à tona a suposta extorsão que alguns vereadores vinham praticando sistematicamente contra João Emanuel, que estava na iminência de ser cassado por quebra de decoro.

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“O João foi muito ético. Por mim ele tinha que protocolado essa denúncia antes de ele ser cassado. Aí um dia sentado com ele, com o pai dele doutor Irênio, nós chegamos a conclusão de que vão pensar que ele queria livrar a pele dele. Então é melhor deixa passar, deixar cassar, aí depois ele faz isso com calma, mas vai fazer”, afirmou

Segundo Riva o genro irá fazer a denúncia de cabeça erguida porque ele não deu dinheiro público. “Ele tem a origem do dinheiro que ele deu. Imagina um cidadão ameaçado, se sentindo ameaçado a ponto de ter que ir numa factoring pegar dinheiro para dar para vereador para não ser cassado, como ele fez”, explicou.

O deputado afirma que em momento algum defendeu o genro e acredita que cada um tem que pagar pelos seus atos. “Não estou aqui defendendo o João. Acho que ele foi ingênuo em um determinado momento, como por exemplo no caso das gravações. Não posso aqui dizer olha o João está certo, ou errado. Cada um é dono de suas atitudes e cada um que pague por elas. Acho que isso vai ser na vida do João um marco, vai deixar uma cicatriz, mas também um aprendizado. Mas tem muita gente que ajudou a cassar om João, que fez muito pior do que ele e continua ali”, finalizou ele ao lembrar o caso do presidente Júlio Pinheiro (PTB), que teria aprovado sozinho, sem aprovação dos vereadores e mandado sancionar 3 leis autorizando o munício a suplementar o orçamente em R$ 365 milhões.

A reportagem tentou contato com vereador Toninho de Souza, mas ele não atendeu nem retornou as ligações até o momento.