Os ataques comandados por presidiários abrigados na penitenciária Osvaldo Florentino Leite culminaram na transferência de oito deles para Penitenciária Central do Estado (PCE). Na noite do último domingo,3,  seis ônibus que atendem ao transporte público na cidade foram queimados em suposta  retaliação a medidas administrativas adotadas pela direção da unidade quanto a visitas íntimas no interior da unidade.

Voo Gol 1907: acidente aéreo que matou 154 pessoas em MT será julgado nesta semana

Os presos já se encontram em Cuiabá e, na sequência, serão transferidos para uma das cinco unidades penitenciárias federais instaladas no país. A ordem de transferência foi assinada pelo juiz da Comarca de Sinop, João Emanuel Pereira Guerra, conforme a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Pelo menos três desses detentos estão diretamente associados à emissão das ordens. 

Os presídios federais são temidos pelos detentos em razão da extrema segurança. O banho de sol é reduzido para apenas uma hora e o contato com os demais colegas é nulo. A restrições severas ainda quanto a visitação. 

Para investigar o caso, a Polícia Civil instaurou inquérito e pelo menos duas pessoas já figuram com suspeitas da execução do plano e são alvos de investigação pelo delegado da cidade de Sinop, Sérgio Araújo.

Em entrevista a uma emissora de televisão da cidade de Sinop, um detento informou que a ação serviu para chamar à atenção da sociedade. Ele apontou que os reeducandos passaram a receber as visitas íntimas em um local determinado pela direção do presídio como “ponto de encontro”. Mas que tal local não seria adequado, sem cama e ventilador, e com banheiro sem condições mínimas de higiene. Enquanto isso, nas palavras dele, outros presos ligados a uma igreja evangélica continuaram recebendo as esposas em celas com cama e ventilador.

Ao término de cada visita íntima, como não mais é permitida no Estado desde o dia 31 de julho a revista íntima, os detentos são submetidos a processo de revista.