O governador Silval Barbosa (PMDB) assegurou que não teme o resultado das investigações da Operação Ararath, executada pela Polícia Federal, e que não conversou com o ex-secretário Éder Moraes Dias, de Fazenda e Casa Civil, após sua libertação. “Eu não o vi... O senhor Eder não foi secretário de Fazenda nem um dia, em meu governo. E não temos o que conversar”, assegurou Barbosa, ao receber o prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, no início da noite desta quarta-feira (19/09), para discutir a parceria do Estado na construção do próximo Hospital e Pronto Socorro Municipal.
Sival Barbosa bateu e assoprou o ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR), para fazer uma comparação com a sua atual situação. Primeiro, lembrou que Eder foi secretário de Fazenda do seu antecessor, de quem foi vice. E citou que Maggi saiu em meio a um bombardeio de denúncias, às quais reputa como infundadas, envolvendo o Programa mato Grosso 100% Equipado, pagamentos de cartas de crédito e precatórios. “Parecia que ia cair o mundo. Falavam de MT 100% equipado e 40% roubado. Nada foi comprovado. Eram denúncias infundadas”, proclamou ele.
O governador lamentou que, no período eleitoral, estejam tentando envolver seu nome e o de Maggi nas investigações da Operação Ararath, mas garante que tudo será esclarecido no foro adequado – Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu estou impedido de falar. O processo corre em segredo de justiça e não posso falar”, pontuou ele.
Todavia, trata de deixar clara sua distância de Éder Moraes. “Não convidei Eder para ser secretário. Ele não tem nada para falar de mim. Ele deixou o governo em dezembro [de 2013] para sair candidato a deputado estadual”, emendou ele.
“Tudo o que eu falar pode ser mal interpretado. O tempo [prazo judicial] vai dizer a minha hora de me defender. Por enquanto, não falo, porque estou impedido pelo STF”, pontuou Barbosa.
A Operação Ararath é Executada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, responsável por investigar formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e agiotagem em Mato Grosso, já tendo passado por cinco etapas. Algumas das principais figuras da vida pública estadual aparecem no rol de investigados, o que não configura, por enquanto, inidiciamento.
