O laudo do Instituto Médico Legal do falecimento de Walter Rabello constava que o deputado sofreu um choque hipovolêmico, hemorragia digestiva alta e úlcera gástrica abdominal. O deputado faleceu na madrugada desta quarta-feira (10) aos 48 anos.
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Segundo o gastroenterologista e endoscopista Dr. Elton Hugo Maia Teixeira, a causa-base da morte foi a úlcera, que provavelmente levou à hemorragia. “A úlcera pode ser deodinal, do esôfago, ou do estômago. As que nós estamos mais acostumados a ver são as de estômago e de duodeno”, afirma.
O médico explica que a úlcera é causada por hiper-acidez no órgão afetado, junto com a presença de uma bactéria. Às vezes, pode surgir quando o paciente faz uso em excesso de antiinflamatórios a analgésicos. Dr. Elton explicou que, como não teve acesso ao laudo completo e ao histórico do paciente, não poderia explicar com precisão sobre este caso, mas fala:
“Quando a úlcera está muito forte ela pode chegar a perfurar a parede do órgão e, se este órgão estiver próximo de algum vaso sanguíneo, pode levar a um sangramento significativo, causando o choque hipovolêmico”. Se o ácido corrói algum vaso importante (que bombeia oxigênio para o coração ou para o cérebro), que já estava obstruído por algum motivo, pode causar a parada cardíaca ou o AVC, como foi o caso de Rabello.
Elton explica que, normalmente, as úlceras têm sintomas claros e a hemorragia não fica assintomática até o ponto de causar o choque. “Normalmente quem tem a hemorragia apresenta casos de vômito e evacuação com sangue durante algum tempo”, explica o doutor, que afirma que dificilmente o paciente que não apresenta esses sintomas pode ter uma hemorragia tão grave que leve ao choque. “Eu quero deixar claro que não conheço o quadro, e não posso afirmar com certeza, mas este é um quadro fácil de diagnosticar”, comenta, “então eu acredito que ou ele já estava com os sintomas [sangrando], ou não houve tempo disso se manifestar”, completa.
