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Domingo, 28 de abril de 2024

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Deputada cita caso de médica agredida pelo ex e afirma que vê retrocesso com audiências de custódia

Foto: Reprodução

Deputada cita caso de médica agredida pelo ex e afirma que vê retrocesso com audiências de custódia
A deputada estadual Janaina Riva (PMDB) se manifestou na tarde de hoje, 29, via Facebook, sobre o episódio de violência em que a médica Camila Tagliari, de 29 anos, foi agredida pelo ex-marido, o empresário Marcos César Martins Campos.  Preso em flagrante, ele foi submetido a audiência de custódia no Fórum de Cuiabá e liberado mediante o emprego de monitoramento eletrônico (tornozeleira) horas após a prisão em flagrante por crime de lesão corporal. Ele foi proibido ainda  de manter qualquer tipo de contato com a médica ou com a filha dela, com quem manteve.  A deputada, em seu post, disponibiliza um link para a matéria do site Olhar Direto.

 
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A parlamentar questionou retrocessos no formato da Lei Maria da Penha com a realização das audiências de custódia e a liberação dos envolvidos em casos de violência doméstica.
 
“Sabem o que mais me dói nesse caso que não é único e acontece todos os dias? É ver os anos de luta para termos uma Lei no formato da Maria da Penha cair por terra através de audiências de custódia como essas que colocaram em liberdade esse agressor. Como defendeu brilhantemente a promotora de Justiça Lindinalva Rodrigues em suas redes sociais”.
 
Ela pondera, em outro trecho,  que “na prática as audiências acabam  com a aplicação da Lei Maria da Penha e o respeito aos direitos humanos das mulheres em situação de violência doméstica. Assim como a promotora e como presidente da Comissão de Direitos Humanos, eu só tenho que lamentar tamanho retrocesso”, declarou ela em postagem.
 
Ao Olhar Direto, a promotora Lindinalva Rodrigues se manifestou declarando que a aplicabilidade das audiências de custódia para os casos de Maria da Penha geram insegurança às vítimas.  Ela, que milita na área há dez anos e coordena as ações do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica -  juntamente com as promotoras, Elisamara Portela e Sazenazy Soares Rocha Daufenbach -  solicitou ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso que reavalie a realização das audiências para esses casos. O pedido está em análise pela Corregedoria do TJ-MT, segundo assessoria. 
 
O caso Camila
 
A médica foi agredida depois de sair de uma festa em comemoração ao aniversário do marido. O episódio de violência foi registrado em um elegante condomínio instalado no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, na madrugada de 27 de março. As agressões (socos e chutes), presenciadas pela filha da médica, e enteada de Marcos terminaram depois que a mulher se esconder no banheiro da portaria e acionou uma equipe da Polícia Militar. Os policiais realizaram a prisão de Marcos quando ele dormia no apartamento do casal.
 A  médica sofreu fratura no nariz e apresenta perfuração no tímpano em razão do espancamento.
 
O empresário

 
O advogado Rodrigo Leite da Costa, que defende Marcos César Martins Campos, informou ao Olhar Direto que seu cliente lamenta profundamente o ocorrido. De acordo com ele, o incidente foi um episódio isolado e nunca houve qualquer situação semelhante ao longo dos seis anos de relacionamento do casal. O advogado garante ainda que seu cliente está pronto para responder por seus atos se porventura precisar responder perante à Justiça. 

Na data de hoje, 29,  o advogado informou que o empresário também se encontra abalado pela repercussão do caso. Ele ainda deverá se manifestar sobre o episódio.
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