O comandante-geral da Polícia Militar em Mato Grosso, coronel Gley Alves de Almeida Castro, classificou como “lamentável” o envolvimento de homens da corporação no ‘Grupo de Mercenários’, que foi preso na última terça-feira (26), durante uma operação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Judiciária Civil (PJC): “Não concordamos com atos isolados que firam a lei”.
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“A Polícia Militar está totalmente engajada neste processo. Para nós, é lamentável termos que fazer a prisão e condução de policiais da corporação envolvidos nisto. Contudo, quero deixar bem claro à toda sociedade, que nós nunca coadunamos e não concordamos com atos isolados dos seus membros que firam o ordenamento legal”, posicionou-se o comandante da PM, durante entrevista coletiva.
O comandante ainda explica que qualquer integrante da PM que tiver o mesmo tipo de conduta, será punido: “Coube a Polícia Militar montar equipes para trabalhar de forma integrada com a Polícia Civil e realizar as prisões destes que são acusados de crimes gravíssimos. A corregedoria fez o acompanhamento e tivemos este resultado. Estaremos empenhados para trabalhar em prol da segurança da sociedade. Quem estiver destoando da nossa missão principal de servir e proteger, será retirado”.
Conforme o secretário de Segurança Pública, delegado Rogers Jarbas, este é só o início da investigação. Neste primeiro momento, foram utilizados cinco casos, envolvendo sete homicídios. Ao todo, foram 17 pessoas presas, sendo que seis delas são policiais militares. Além disto, outros seis vigilantes também foram presos. O grupo atuaria de forma mercenária, recebendo ‘encomendas’ de homicídios.
Operação ‘Mercenários’
A ‘Operação Mercenários’, deflagrada na terça-feira (26), prendeu 17 pessoas acusadas de formar um suposto ‘Grupo de Extermínio’. Entre os detidos estão seis policiais militares e seis vigilantes. Ao todo, eles teriam participado de ao menos cinco homicídios entre os meses de março e abril de 2016. Todos os militares presos são lotados junto ao Comando Regional II (Várzea Grande).
A maioria das ordens de prisão foram cumpridas no bairro Cristo Rei, alvo de inúmeros crimes que possuem o mesmo modo de atuação, homens encapuzados que chegam em veículos e disparam. Normalmente, as vítimas são homens e com idade entre 18 e 25 anos e têm passagens pela polícia.
Veja a lista dos presos:
Heubert de França Silva (policial militar)
Uelinton Lopes Rodrigues (policial militar)
Pablo Plínio Mosqueiro (policial militar)
Vagner Dias Chagas (policial militar)
Claudemir Maia Monteiro (policial militar)
Jonathan Teodoro de Carvalho (policial militar)
José Francisco de Carvalho Pereira
José Edmilson Pires dos Santos
Jeferson de Fátima da Silva
Claudiomar Garcia de Carvalho
Marcos Augusto Ferreira
Roni José Batista
Diego Santos da Silva
Deivison Soares de Amarantes
Francisnilton Deivison
Fernando Marques Boabaid
Edervaldo Freire
