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Domingo, 28 de abril de 2024

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Militares presos na ‘Mercenários 2’ vigiavam vítimas com viaturas da PM antes de execuções

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto/Ilustração

Militares presos na ‘Mercenários 2’ vigiavam vítimas com viaturas da PM antes de execuções
Os policiais militares presos na segunda fase da ‘Operação Mercenários’, deflagrada na última segunda-feira (20), utilizavam viaturas da PM para vigiar as vítimas antes das execuções, que aconteceram, em sua maioria, em Várzea Grande. Isso é o que foi apontado nas investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que resultou no cumprimento de dez mandados de prisão preventiva.


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“Existindo a notícia no feito de que houve o envolvimento de viaturas da polícia militar, por meio do réu Pablo Plínio, fazendo o acompanhamento das vítimas momentos antes do acontecimento do crime, fato que notoriamente aclara a necessidade das respectivas prisões”, diz trecho de um dos documentos.
 
Em outro documento, o mesmo motivo é apontado como uma das bases para a decretação da prisão preventiva de alguns dos acusados: “A situação do réu Luiz Henrique se assemelha à denúncia imputada em desfavor de Jozilmo (Id. 447997), réu também policial militar que foi denunciado por prestar auxílio com a utilização da viatura em uma das ocorrências criminais do grupo criminoso, razão pela qual, por ora, considero como suficiente a imposição de condição outra que não a colocação no cárcere”.
 
A prática é dita como comum pelo grupo de ‘mercenários’, que se aproveitava da autoridade para vigiar as potenciais vítimas, geralmente, momentos antes de suas execuções.
 
Nesta segunda fase, tiveram a prisão preventiva decretada: José Francisco Carvalho Pereira, José Edimilson Pires dos Santos, Helbert de França Silva, Claudiomar Garcia De Carvalho, Pablo Plínio Mosqueiro Aguiar, Laercio Salvaterra Flores, Luiz Henrique de Mello Lobo Lima, Diego Santos da Silva, Jeferson Fátimo Da Silva e Alex José da Silva Cunha.
 
Destes, o 3º sargento Láercio Salvaterra Flores, o soldado Luiz Henrique de Mello Lobo Lima e Alex José da Silva Cunha foram presos nesta segunda fase da operação. Diego Santos da Silva havia sido preso na primeira fase da ‘Mercenários’, mas foi liberado em razão de não existir denúncia em seu desfavor.
 
O acusado Helbert foi condenado pelo crime de Tortura (processo pendente de recurso na Sétima Vara Criminal de Cuiabá), além de ser denunciado em diversos outros casos investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção è Pessoa (DHPP). Pablo Plínio possui registros criminais na Comarca de Nobres e na Capital do Estado, sendo preso em flagrante pelo delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, respondendo também a denúncia por crime de homicídio qualificado.
 
O 3º sargento Laercio Salvaterra Flores possui registro criminal por lesão corporal leve. José Edimilson é apontado pela autoridade policial como integrante da organização criminosa, sendo, em tese, o responsável por planejar a maioria das execuções sumárias. José Francisco Carvalho possui vários registros criminais, inclusive, responde a denúncia por crime de homicídio qualificado. Luiz Henrique de Mello Lobo responde homicídio qualificado e organização criminosa.
 
Todos eles também são investigados pelas execuções apuradas na ‘Mercenários’. Foram apurados cinco homicídios e uma tentativa de homicídio, nesta fase. A operação deflagrada na manhã de segunda-feira (20) é um desdobramento das investigações de homicídios praticados em Várzea Grande nos meses de março e abril de 2016. Tais homicídios teriam sido praticados por pessoas associadas em organização criminosa composta de policiais militares e vigias que atuavam na região do bairro Cristo Rei.
 
Operação ‘Mercenários’ - Fase 1
 
A ‘Operação Mercenários’, deflagrada na terça-feira (26), prendeu 17 pessoas acusadas de formar um suposto ‘grupo de extermínio’. Entre os detidos estão seis policiais militares e seis vigilantes. Ao todo, eles teriam participado de ao menos cinco homicídios entre os meses de março e abril de 2016. Todos os militares presos são lotados junto ao Comando Regional II (Várzea Grande).
 
A maioria das ordens de prisão foram cumpridas no bairro Cristo Rei, alvo de inúmeros crimes que possuem o mesmo modo de atuação, homens encapuzados que chegam em veículos e disparam. Normalmente, as vítimas são homens e com idade entre 18 e 25 anos e têm passagens pela polícia.
 
Operação 'Mercenários' - Fase 2
 
Policiais militares são alvos da 2ª fase da Operação Mercenários deflagrada na manhã desta segunda-feira, 20 de fevereiro. Ao todo estão sendo cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 3 buscas domiciliares e 2 conduções coercitivas. Operação é um desdobramento das investigações de homicídios praticados em Várzea Grande nos meses de março e abril de 2016.
 
A operação foi deflagrada pela Polícia Judiciária Civil e conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar. Os mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande contra dez pessoas, das quais quatro são policiais militares.
 
Veja a lista dos acusados:
 
Prisão Preventiva
 
JOSÉ FRANCISCO CARVALHO PEREIRA
JOSÉ EDIMILSON PIRES DOS SANTOS
HELBERT DE FRANÇA SILVA
CLAUDIOMAR GARCIA DE CARVALHO
PABLO PLÍNIO MOSQUEIRO AGUIAR
LAERCIO SALVATERRA FLORES
LUIZ HENRIQUE DE MELLO LOBO LIMA
DIEGO SANTOS DA SILVA
JEFERSON FÁTIMO DA SILVA
ALEX JOSÉ DA SILVA CUNHA

 
Conduções Coercitivas
 
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