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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Seis militares presos

Interceptações apontam modo de ação do ‘grupo de mercenários’ e pressa nas mortes: “Vai de chinelo mesmo”

Foto: Reprodução

Interceptações apontam modo de ação do ‘grupo de mercenários’ e pressa nas mortes: “Vai de chinelo mesmo”
As interceptações telefônicas feitas pela polícia revelam o modo de ação do ‘grupo de mercenários’, que teve parte dos integrantes presos na última terça-feira (26), durante a deflagração de uma operação da Polícia Civil. Os membros da organização criminosa utilizavam códigos para se referir às vitimas e demonstraram pressa para concretizar as execuções: “Vai de chinelo mesmo”, disse um deles, momentos antes de assassinar Luciano Militão da Silva, no bairro Construmat, no dia 20 de março deste ano.


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De acordo com o Inquérito Policial deste caso - ao qual o Olhar Direto teve acesso -, os suspeitos José Edmilson Pires dos Santos e Heubert de França Silva (policial militar) foram os responsáveis por providenciarem placas frias, junto ao policial Vagner Dias Chagas, com a intenção de não ser possível a câmera identificar a motocicleta usada no crime.
 
Depois, José Edmilson teria ligado para o militar Pablo Plínio Mosqueiro e o convidado a participar do crime. Para se referir à vítima, eles utilizavam códigos. José Edmilson ainda solicitou, conforme o inquérito, o apoio de Jeferson de Fátima da Silva na execução e demonstrou pressa para finalizar o ‘serviço’ pedindo para que ele fosse “de chinelo mesmo”.
 
“Assim, restou devidamente comprovada o envolvimento dos suspeitos citados na conclusão do relatório, os quais serão individualizados com as justificativas legais do pedido de prisão”, diz trecho do inquérito, que ainda acrescenta que José Edmilson seria “responsável por planejar a maioria das execuções sumárias repetidas nesta Comarca, fato notório e de ampla divulgação social”.
 
O caso
 
Na noite do dia 20 de março deste ano, foi registrado o terceiro caso investigado na ‘Operação Mercenários’. Luciano Militão da Silva, de 37 anos, foi assassinado e a esposa dele, foi ferida com dois disparos, que atingiram as costas e o braço. Mesmo ferida, a mulher relatou a policiais militares que ambos chegavam à residência quando foram atacados por dois homens que ocupavam uma motocicleta. Luciano ainda tentou correr, mas foi atingido com diversos disparos e morreu no local.
 
Em julho do ano passado, Luciano havia sido detido por uma equipe da Polícia Militar suspeito de tentativa de assassinato contra o então namorado de sua namorada. A detenção foi registrada no bairro Água Vermelha, em Várzea Grande.
 
Operação
 
A ‘Operação Mercenários’, deflagrada na terça-feira (26), prendeu 17 pessoas acusadas de formar um suposto ‘Grupo de Extermínio’. Entre os detidos estão seis policiais militares e seis vigilantes. Ao todo, eles teriam participado de ao menos cinco homicídios entre os meses de março e abril de 2016. Todos os militares presos são lotados junto ao Comando Regional II (Várzea Grande).
 
A maioria das ordens de prisão foram cumpridas no bairro Cristo Rei, alvo de inúmeros crimes que possuem o mesmo modo de atuação, homens encapuzados que chegam em veículos e disparam. Normalmente, as vítimas são homens e com idade entre 18 e 25 anos e têm passagens pela polícia.
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