Olhar Direto

Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Notícias | Cidades

DEPOIMENTO

Coronel diz sofrer agressões e nega atirar contra membros da Maçonaria

Foto: Lucas Bólico/Olhar Direto

Loja Maçonica Filhos de Hiram, localizada no bairro Jardim Itália em Cuiabá

Loja Maçonica Filhos de Hiram, localizada no bairro Jardim Itália em Cuiabá

O coronel aposentado da Polícia Militar João Bosco da Silva, 63, alega que somente efetuou disparo de arma de fogo durante festa de confraternização da Loja Maçônica Filhos de Hiram, após ser agredido fisicamente pelo colega maçom César Vidotto (Venerável Mestre). Em depoimento, no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Planalto, ele afirmou que levou uma bofetada no rosto sem motivo algum.


Vidotto teria se aproximado da mesa em que o coronel estava com a filha e feito a agressão. Em seguida, dirigiu-se para a cozinha. João Bosco relata que foi atrás para tirar satisfação e levou outro soco no rosto que acabou lhe cortando o supercílio. Dessa forma, contesta a informação de que teria sofrido acidente de carro, ao deixar a festa, indo parar no Hospital Jardim Cuiabá para fazer um curativo.

Ao entrarem em vias de fato, o coronel atirou. A arma utilizada no crime é uma pistola calibre 380 que foi apreendida pela polícia, durante depoimento na última segunda-feira (4). João Bosco ainda disse ao delegado substituto, Waldeck Duarte Junior, que foi à festa armado, mas a pistola estaria em sua cintura.

O crime ocorreu na madrugada do dia 20 de dezembro, como noticiou em primeira mão o Olhar Direto. O caso gerou polêmica entre os maçons por causa do motivo que levou o coronel a atirar. A equipe de reportagem também teve acesso ao depoimento e o coronel aposentado alega que efetuou apenas um disparo. Segundo ele, o objetivo era dispersar algumas testemunhas que estavam no local. Negou ter conhecimento de que a bala teria atingido os colegas maçons César Vidotto e José Dimas Mathar, que também estava no local.

João Bosco declarou que é membro da Loja há mais de 20 anos e nunca teria tido problemas com outros maçons, principalmente as vítimas. As declarações do coronel que é acusado de dupla tentativa de homicídio contradizem os depoimentos de Vidotto e Mathar. Eles também estiveram na delegacia para prestar esclarecimentos, no dia 29 de dezembro.

O “Venerável” disse que teria feito apenas um cumprimento ao coronel com a mão no rosto. Enfatizou ainda que são amigos há mais de 19 anos e que, durante a festa, João Bosco teria feito elogios a ele. Em entrevista ao Olhar Direto, o delegado disse que algumas testemunhas deverão ser ouvidas no inquérito.

Entenda o caso

Logo após o crime, por volta das 3h, João Bosco foi até o Cisc Coxipó e registrou um Boletim de Ocorrência (BO). O caso será julgado pelo Tribunal Maçônico, formado pelos membros da Filhos de Hiram, localizada no bairro Jardim Itália, em Cuiabá, que é ligada às Grandes Lojas. Informações repassadas dão conta de que o coronel estaria enfrentando uma fase difícil na vida com a depressão, fato este que também será analisado pelo “Tribunal”.

Leia também:

Coronel da PM prestará depoimento e maçons são ouvidos por delegado

Delegado abre inquérito para investigar tiroteio e notifica maçons

Coronel da PM responderá por tentativa de homícidio na maçonaria

'Tribunal Maçônico' vai apurar as razões do tiroteio em Loja de Cuiabá

Coronel PM atira em dois colegas em loja maçônica do bairro Jardim Itália
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet