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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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RODOVIAS INTRANSITÁVEIS

Wellington Fagundes pede planejamento ao Governo Dilma para Brasil não voltar a era do ‘tapa buraco’

Foto: André Corrêa / Agência Senado

Wellington Fagundes pede planejamento ao Governo Dilma para Brasil não voltar a era do ‘tapa buraco’
O senador mato-grossense Wellington Fagundes (PR) alertou o Governo Dilma Rousseff sobre os riscos que o Brasil enfrenta já há algum tempo com a falta de planejamento a médio e longo prazo; principalmente no setor de transportes, que causa muitos transtornos em  Mato Grosso e outros estados.

 
“Se a gente não investir em infraestrutura e não tiver um planejamento de curto prazo para estes investimentos, voltaremos à época do ‘tapa buraco’ e teremos muito mais acidentes e dificuldades”, observou ele.

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O alerta do senador aconteceu durante audiência pública realizada pela Comissão de Infraestrutura do Senado, que teve a participação do ministro Antônio Carlos Rodrigues, dos Transportes.
 
Wellington sugeriu que a equipe econômica de Dilma priorize os investimentos em infraestrutura. Os problemas nas rodovias, apontou o senador, prejudicam o escoamento da produção agrícola e ceifam vidas. 
 
“O Brasil possui um déficit de planejamento há muito tempo, em todas as áreas.  No setor de transportes, isso é mais preocupante ainda, pois, se não temos um estudo a médio e longo prazo, dificilmente conseguimos fazer com que essa malha tenha uma condição ideal de trafegabilidade”, avaliou o senador do PR.
 
Wellington lembrou que no primeiro ano do Governo Lula, a situação das rodovias brasileiras era mais ou menos parecida com o que acontece hoje. “O Ministério devia R$ 1,7 bilhão e nossas estradas estavam todas elas esburacadas”, destacou ele. 
Houve grande desperdício com as operações tapa-buracos. “É dinheiro desperdiçado”, pontuou Fagundes. “Para a população, claro, isso causa perplexidade”, emendou ele.
 
Preocupado com as condições das estradas, Wellington Fagundes disse que o Brasil é um país rodoviário e que o maior volume de transportes hoje se dá nas BRs.
 
“Nós temos uma condição rodoviária extremamente limitante, onde o volume de carretas concorre com veículos pequenos de passeio de forma constante”, justificou o senador do PR.  “Eu sempre digo que com vidas não podemos brincar, e hoje temos no País um volume de acidentes com mortes muito grande. São inúmeros os danos materiais e o impacto social”, afirmou Wellington.
 
Defensor das parcerias para atrair investimentos em logística e crítico da demora na promoção de concessões, o senador ressaltou que  Mato Grosso – assim como os demais estados do Centro Oeste – tem capacidade de dar respostas efetivas aos investidores neste sentido.
 
Wellington Fagundes entende que, para cada quilômetro de estrada que se constrói, a resposta, para o Brasil, é muito rápida. “A produção incrementa de forma muito ágil. O retorno para o investidor e para o País também vem muito rápido”,  defendeu o senador do PR.
 
No agronegócio, considerou que o Estado tem condição de produzir tudo o que se produz no Brasil. “Só a região do Araguaia tem condição de fornecer tudo o que o Mato Grosso produz, sem nenhum impacto na questão ambiental É só construir a estrada”, desafiou o parlamentar do Partido da República
 
Fagundes voltou a alertar o Governo para a questão da duplicação da BR-163 e a possibilidade de início de cobrança dos pedágios na rodovia, ainda que as obras estejam longe de serem concluídas. Dos 800 quilômetros de estrada, 400 estão sendo recuperados e duplicados pela concessionária Rota do Oeste. Os outros 400 estão a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), onde há vários problemas. 
 
No trecho de Rondonópolis a Jaciara as obras estão paralisadas por falta de repasse. De Cuiabá a Serra de São Vicente está parado. No trecho de Jaciara a Serra de São Vicente, segundo Wellington, “a empresa está já nas últimas”.
 
O trecho de Cuiabá a Rosário está em licitação. Há um pedaço concluído, de Rosário a Posto Gil, que tem um problema sério, que é a Serra da Caixa Furada, que aponta para a possibilidade inclusive de interrupção do tráfego de veículos e isolamento de parte da região Amazônica.
 
“A população, claro, não vai aceitar pagar o pedágio. Não pagando o pedágio, vem mais uma complicação em relação à concessionária, porque ela não vai poder cumprir os compromissos”, argumentou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
Wellington Fagundes ainda destacou que este é o momento de trabalhar nas Regiões Centro-Oeste e Amazônica. “Se perdermos um, dois meses nesse período, nós perderemos o ano. Se uma empresa para agora, como parou, até ela voltar a trabalhar, para mobilizar toda a estrutura de novo, vai perder mais um mês, dois, e aí acabou o ano. Então, seriam 12 meses perdidos”, disse Fagundes.
 
O  ministro dos Transportes, de sua parte,  destacou que os investimentos do ministério saltaram de R$ 1,7 bilhão em 2003 para R$ 18,8 bilhões em 2014. Desse total, 55,2% foram destinados para rodovias, 14,5% para ferrovias, 0,8% para hidrovias, 26,4% para a Marinha Mercante e 3,1% para demais setores.
 
“Estamos aguardando os recursos previstos para 2015 e esperamos ter, para poder dar continuidade aos investimentos, R$ 13,6 bilhões, sendo: R$ 5,8 [bilhões] para manutenção, R$ 3,9 [bilhões] para construção, R$ 2,2 [bilhões] para o setor ferroviário, R$ 0,1 [bilhão] para o aquaviário e aos outros, destinados a concessões, estudos e projetos em rodovias, R$ 1,6 [bilhão]”, completou  Rodrigues.
 
O ministro afirmou que até agora "não sabe quanto pode gastar" e que "a grande preocupação é ter recursos para manutenção”. Disse ainda que não esperava chegar ao início de maio sem saber o que possui de verba e atribuiu parte dessa situação ao ajuste fiscal e a demora na aprovação do Orçamento da União para 2015. 
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