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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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batata tower

Engenheiro Civil cria torre de batata frita e faz sucesso com abordagem 'diferenciada' em Cuiabá

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Engenheiro Civil cria torre de batata frita e faz sucesso com abordagem 'diferenciada' em Cuiabá
O engenheiro civil Walter Kawahara, 49, é especialista em construir torres. Em sua profissão, faz torres de energia e de telecomunicações. Em uma loja recém-inaugurada, faz torres de MDF e acrílico. E no Box de sua família no Lagoa Food Park, que abriu as portas há nove meses, decidiu fazer torres de batata frita com queijo. A novidade – aliada à sua facilidade para vendas e marketing – fez do ‘batata tower’ um grande sucesso.

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O convite de comandar o restaurante surgiu enquanto Walter trabalhava como engenheiro voluntário, durante a construção do Parque das Águas. “Eu peguei uma afinidade com isso aqui, como se fosse um filho pra mim. E numa dessas visitas, terminando essa obra do parque, o proprietário me procurou e falou, olha, você não quer comprar um Box aqui?” lembra. O convite inesperado intrigou o engenheiro, que decidiu aceitar a proposta para realizar um sonho de seu filho, estudante de gastronomia da Universidade de Cuiabá (Unic).

Com o box comprado, no entanto, faltava o principal: saber o que iriam vender. Como aquele foi o último espaço comercializado, muitas ideias já estavam ‘tomadas’. “Como são treze boxes aqui, eu procurava pastel, já tinha... sushi, já tinha... Aí em uma de nossas viagens com a família, nós observamos um produto similar a este, e nos interessamos e lembramos: porque não fazer batata?”.

O quitute ‘universal’, que une carnívoros, vegetarianos e veganos, foi a escolha da família Kawahara, mas ainda era preciso trazer algo diferente e inovador. “Já tinha quatro tipos de torres que eu faço, a de mdf, de acrílico, telecom e energia... Eu falei: vou fazer uma torre de batata. E surgiu essa ideia de colocar um tubo, colocar a batata, o queijo, derretê-lo e fazer uma coisa similar”.

O queijo, segundo Walter, faz o papel do cimento, não deixando a torre cair. Seu conhecimento como engenheiro ajudou, ainda, na criação do recipiente para servir a torre. “Nós fomos montando essa estrutura preocupados com a aparência e a qualidade do produto. Para isso, criei um recipiente projetado por mim – e aí já entrou a minha engenharia - que tem os pés um pouco mais altos para que eu possa colocar na mesa e não inclinar para cair, uma borda para que colocasse uma salada verde pra dar um impacto visual, e a parte das camadas de carne e calabresa, que também deveriam  ser bem nítidas”.

Batata Tower mista com cheddar, bacon e muçarela (Foto: Rogério Florentino)

Depois de concluído o produto que seria o carro-chefe, o empreendedor precisava, ainda, de mais um diferencial. Neste caso, ele usou sua experiência de infância, como vendedor de cajamanga em Dom Aquino, sua cidade natal, e a atual, de gerente técnico e comercial de uma empresa metalúrgica. “Eu percebi que o atendimento em outros países e aqui mesmo, no Brasil, é muito deficiente. Parece que o garçom está fazendo um favor de te atender, e eu não me sentia bem com isso. Eu falava, poxa vida, se eu tiver alguma coisa, quero fazer diferente, alegre, que nosso cliente sinta-se bem”.

Hoje, Walter é conhecido no food park como o ‘japonês da batata e da luz de LED’, pois é assim, fazendo uma verdadeira festa, que ele leva seu produto até a mesa do cliente. “A ideia era só fazer pras crianças, para animar as crianças. Mas eu fui surpreendido, porque todos os adultos querem que eu faça a mesma coisa. E a gente até se diverte, porque as pessoas de idade às vezes chegam e falam, olha, você não veio com a luzinha...”, comemora. Para ‘seduzir’ o cliente, ele também oferece o produto de forma diferente, fazendo uma brincadeira e chamando a atenção por onde passa. O resultado é uma divulgação espontânea, por todos que acham a iniciativa interessante. “Hoje eu não faço a parte do marketing. Quem está fazendo o marketing pra gente são nossos clientes. Eles comem, gostam, divulgam na mídia, avisam pra um amigo, e isso pra nós está sendo diferente...”.

Para além do marketing, a família garante o sucesso no sabor. “Eu falio merchan, mas eu digo isso pro meu filho, minha esposa e minha filha, que fica aqui nos ajudando, que não adianta nada eu fazer um merchan, uma apresentação muito boa na primeira venda, e depois o produto não ser o que o cliente esperaria comer. [Se isso acontecer] Ele vai comprar apenas uma vez”.

A torre de batata frita, que pode ser servida com carne, com calabresa ou com os dois, custa R$40, e serve de quatro a cinco pessoas. Segund o Walter, o bacon, o cheddar e o queijo muçarela são cortesia da casa, assim como os molhos verde, ketchup e barbecue. Para quem prefere o tradicional, há a opção de pedir a ‘tower especial’, que não vem em torre, e os cones, com porções menores.

A Batata Tower funciona de terça a domingo, das 17h às 23h, dentro do Lagoa Food Park. Mais informações pela FAN PAGE ou INSTAGRAM.
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