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Terça-feira, 19 de março de 2024

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LIVRE DE CRUELDADE

Cientista social cria marca de biojoias para guardar momentos e carregar proteção

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Cientista social cria marca de biojoias para guardar momentos e carregar proteção
Há cerca de dois anos, depois que voltou para Mato Grosso, a cientista social Lohaine Alves Pereira, 26, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) passou a se dedicar ao artesanato. Sua intenção, inicialmente, era guardar de forma carinhosa lembranças de viagens, como flores e insetos que encontrava pelo caminho, mas o resultado foi tão positivo que logo ela criou uma marca, a ‘Lophophora’, e passou a vender acessórios e peças de decoração. Vale dizer: tudo é feito ‘sem crueldade’, ou seja, ela só usa como matéria prima o que já encontra morto na natureza.

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“Eu gostava dessa ideia de guardar coisinhas. Sempre que eu viajava eu trazia alguma coisa, e acabava estragando, porque eu não guardava direito. Depois de uma viagem que eu fiz pra Ilhéus eu trouxe umas flores de lá, meu namorado comprou um vidro acrílico, que é bem facinho de trabalhar, e eu fiz. Não deu muito certo, fiz de novo, gostei, comecei a fazer e aí... aprendi sozinha”, contou ao Olhar Conceito.

Por um ano, Lohaine estudou e aperfeiçoou suas técnicas, até que precisou vender para cobrir os gastos que teve com materiais como molde, resina, pigmento e até mesmo maquinário. Para isso, ela criou a página no Instagram e, aos poucos, foi ganhando uma clientela fixa.

Alargadores com besouros (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Hoje, ela faz acessórios como colares, brincos, pingentes e chaveiros, e também peças de decoração, como quadrinhos. A maior parte de seu trabalho é feito sob encomenda, mas de vez em quando também sobra tempo para projetos pessoais e produtos à pronta entrega.

“Hoje em dia eu faço com flores, folhas, animais... boa parte eu coleto quando eu viajo ou quando eu vou para cachoeira, rio, essas coisas. Ou são doações de pessoas que sabem que eu trabalho com isso, guardam pra mim e me dão quando me encontram”, explica.

Lohaine com a prensa onde ficam as flores por cerca de duas semanas, até secarem (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Como ela não caça nenhum animal e faz as biojoias somente com o que encontra ou ganha de doação, não é sempre que consegue atender aos pedidos. “Eu até acho legal por causa da raridade, porque é raro achar um bichinho morto, é raro achar uma borboleta... então tem toda essa graça também, de não ser uma coisa que eu tenho à pronta entrega. Mas a maioria das pessoas que encomenda bichinhos já vem com o bichinho mesmo”.

Apesar de a artesã fazer peças com ervas de proteção, como arruda, por exemplo, não são somente essas que têm um significado para os clientes e para ela própria. “Pra mim é bem especial eu conseguir guardar as coisas. Porque geralmente, quando eu viajo, não sou muito de comprar coisas, sou mais de tirar foto, guardar momentos, ou meu namorado me dá uma flor, uma coisa assim. E pra mim é muito especial eu consegui guardar momentos e transformar numa coisa que eu posso ter em casa, que eu posso usar”, finaliza.

Anel com arruda (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Serviço

Lophophora Biojoias
Informações e encomendas: (66) 99639-8442
INSTAGRAM
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