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Domingo, 05 de maio de 2024

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'Era a voz dos jovens', diz Daniel Filho sobre 'Confissões de adolescente'

Há 20 anos, Maria Mariana, filha do cineasta Domingos de Oliveira, transformou seu "querido diário" em best-seller. Logo, "Confissões de adolescente", cujo filme estreia nesta sexta (10), ganhou montagens teatrais – que revelaram atrizes como Ingrid Guimarães – e um seriado exibido pela TV Cultura, sucesso nos anos 1990, dirigido por Daniel Filho. "Para mim, o programa está tão longe. Se não fosse a Deborah [Secco], a Daniele [Valente] e a Georgiana [Góes] estarem me lembrando constantemente do que eu fazia, eu não me lembraria", conta Daniel, em entrevista ao G1, negando sentir nostalgia dessa fase.
O diretor, no entanto, lembra espontaneamente do set de filmagens do seriado e fala com carinho sobre as atrizes. "Eu tinha dois meses e meio para rodar os primeiros 22 capítulos com aquelas quatro meninas absolutamente inexperientes em TV. Tive que filmar com rapidez então eu agia de forma professoral. Eu era o inspetor, senão elas ficavam conversando o tempo todo". As quatro "veterenas" - Maria Mariana (Diana), Georgiana Góes (Barbara), Daniele Valente (Natália) e Deborah Secco (Carol) - fazem pequenas aparições no filme.
"A maneira como o 'Confissões' encarou os adolescentes foi importante. Quando eu vi a peça no teatro, caí aos prantos. Naquele momento, eu, com 50 anos, não sabia que os jovens poderiam pensar assim. Era a voz dos jovens", afirma Daniel Filho. "Era tão real o coração que a Maria Mariana colocava no palco que me emocionou e por isso eu disse que tinha que fazer o seriado", acrescenta.
A codiretora Cris D'Amato foi uma das responsáveis em direcionar as atrizes Sophia Abrahão (Tina), Isabella Camero (Bianca), Malu Rodrigues (Alice) e Clara Tiezzi (Carina) no set de filmagens. O longa ainda traz Cássio Gabus Mendes no papel do paizão das garotas. "No início, durante os testes, não era para ser quatro irmãs e um pai. Eram apenas quatro amigas, mas depois decidimos voltar à família", diz Cris.
Assuntos como primeiro beijo, popularidade na escola, escolha da profissão e perda da virgindade são abordados no longa – todos eles já faziam parte do cardápio da série. "Eu tenho filhos adolescentes e vejo nestas meninas aquilo tudo que meus filhos fazem comigo, e o que faço com eles. A sensação que temos é que, com 17 anos, temos que escolher o que vai ser para a vida inteira. Esse é o pânico da fase das interrogações", conta a codiretora.
Vinte anos após se emocionar com o diário de uma adolescente e, agora, conseguir levá-lo ao cinema, Daniel Filho revela que haverá uma sequência. "Quando filmamos, não pensavámos em fazer mais um filme, mas recebemos uma proposta da Sony, então acontecerá".
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