Sua voz aguda é facilmente reconhecida entre outros tons que surgiram dos idos dos anos 80 até os dias de hoje, sua relação com a natureza presente em suas experimentações musicais, e a sua ligação com a arte revelam uma nova fase da cantora Tetê Espíndola, que nasceu em Campo Grande, mas perpassou momentos de sua vida em Mato Grosso, sendo irmã do pintor e artista plástico Humberto Espíndola. A cantora lançou um novo disco essa semana em São Paulo, que será duplo: um com músicas inéditas “Asas do Etéreo” e o álbum de 1982 que até então só existia em vinil “Pássaros na Garganta”.
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São quase 20 álbuns no currículo da cantora, que ousou em experimentações musicais quando lançou “Pássaros na Garganta” em que misturou gravações de estúdio com sons da natureza com a ajuda de Arrigo Barnabé.
A Folha de São Paulo publicou matéria sobre os shows que seriam realizados esta semana em São Paulo para apresentar ao público a sua nova fase mesclada com o seu passado, em duas representações que se encontram neste CD duplo.
O álbum antigo e o novo partem da mesma base, a voz de Tetê e sua craviola, instrumento que apresentou ao grande público. Mas, a escolha do que seria gravado surgiu após um mergulho no baú de composições da cantora, que garante possuir ainda 80 canções inéditas.
Para este novo projeto, Tetê conta com os violões do Duofel, o piano de Egberto Gismonti, o trombone de Bocato, o baixo de Paulo Lepetit, a escaleta de Hermeto Pascoal e o violoncelo de Jaques Morelenbaum.
Entre as faixas que estão no CD duplo estão “Beijo n’Água” a mais antiga composição datada de 1982, e que gravou com vibrafone de Felix Wagner, que também tocou em muitas faixas e fez arranjos em “Pássaros na Garganta”. A música mais recente é “Menina” de 2012.
Tetê Espíndola conta com a participação nos CDs, do filho Dani Black que irá cantar com a mãe e também toca a guitarra em “Trigo de Amor” e também Arrigo Barnabé, responsável pelo alinhamento da mato-grossense com a chamada Vanguarda Paulista nos anos 1980 e canta aos urros em “Diga Não”.
