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Domingo, 28 de abril de 2024

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Jornalista cuiabana cria projeto para desmistificar a masturbação feminina; Entenda!

Foto: Reprodução / Tumblr

Jornalista cuiabana cria projeto para desmistificar a masturbação feminina;  Entenda!
O assunto é polêmico e muitos preferem não falar nele, e foi exatamente por isso que a jornalista cuiabana Bruna Gomes decidiu escrever sobre. Recém formada pela Universidade Federal de Mato Grosso, ela decidiu estudar a masturbação feminina.

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Segundo Bruna, um dia ela estava estressada com um trabalho que tentava terminar e não conseguia, e quis escrever sobre algo leve e divertido. No começo do texto de seu tumblr “Siririca Baby”, ela diz: “Li em algum lugar que a gente tem que escrever sobre o que sabe, então, resolvi escrever sobre o que (achava) que entendia: siririca”.

O ‘achava’ está entre parênteses porque durante o processo de pesquisa, a jornalista também descobriu diversas coisas que não conhecia. Ela entrevistou 23 mulheres, entre 18 e 30 anos, sobre suas experiências pessoais com masturbação, além de ler artigos, matérias, livros e tudo o que achava sobre o assunto.

Depois de pronto, seu trabalho alcançou um número de pessoas maior do que ela esperava, e sua importância é clara para Bruna: “As mulheres se conhecerem, naturalizarem o assunto, explicarem pras filhas, pras amigas. Limpar essa neblina que tem sobre o assunto, esse silêncio insuportável. Imagina quanta confusão, quanta ignorância não tem na cabeça dessas meninas de 12, 15 anos?”, comenta.

Bruna acredita que a grande causa do silêncio que permeia a masturbação é “porque o sexo ainda é tabu e, quando é relacionado à mulher, se soma o machismo”. Ela conta que, inclusive, descobriu que bolacha de água e sal e cereal de milho foram criados para controlar os impulsos masturbatórios dos jovens, o que mostra claramente essa repressão.


Bruna Gomes - Jornalista e criadora do Siririca Baby

A solução também é clara (porém não simples): “Falar sobre o assunto é a única solução que eu vejo, seja na escola, na família ou com as amigas. Mas falar mesmo, com detalhes, sem pudor. Não aquela coisa: "eu sim hihihi", falar o dedo vai lá, o chuveirinho vai aqui, eu tava desse e tal jeito. Isso deve partir de vários lados. Escola e mães deviam ser obrigados a falar sobre isso com as crianças, evitaria tantas nóias e problemas futuros. E tem a iniciativa pessoal né? Quem sabe quantas meninas não vão ter curiosidade depois que lerem as entrevistas?”.

A falta de informação foi visível mesmo para a jornalista. Enquanto pesquisava para produzir, poucos eram as fontes de informação. “Eu li muita coisa, mas que acrescentaram de fato foram uma tese de mestrado de uma menina de Portugal e uns cinco textos estrangeiros. Em português mesmo o conteúdo é bem raso e isso dificulta muito, porque exige tempo pra realmente escavar a internet”, comenta.

Apesar das dificuldades, o resultado agradou e a melhor parte, para ela, foram as entrevistas: “Acho incrível que elas se abriram, contaram as histórias delas pra mim, e eu ainda pude compartilhar com todo mundo! E outra, ninguém dá a mínima se médicos, pesquisas, professores falam que é saudável, o grande lance é quando elas descobrem que todo mundo faz e isso não é um problema. A vizinha, a patroa, a amiga [fazem], aí sim elas querem aprender também”, finaliza.

Acesse o tumblr Siririca Baby AQUI.

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