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Quarta-feira, 29 de maio de 2024

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Interpol tem ordem de captura contra ministro indicado por Ahmadinejad

A comunidade judaica argentina condenou nesta sexta-feira a indicação de Ahmad Vahidi como novo ministro da Defesa do Irã. Ele é acusado de haver organizado o atentado ocorrido em 1994 contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires e, por causa disso, é procurado pela Interpol (polícia internacional).


"Estamos totalmente surpresos e indignados. A designação é vergonhosa e um insulto", disse o atual presidente da Amia, Guillermo Borger.

No dia 18 de julho de 1994, 85 pessoas morreram e 300 ficaram feridas quando um carro-bomba explodiu em frente à sede da entidade, situada em Once, bairro da região central da capital argentina.

Em 2007, atendendo a um pedido da Justiça argentina, a Interpol emitiu uma ordem de captura internacional para Vahidi.

"É uma nova mostra de que o Irã claramente protege os acusados pela Justiça argentina", disse Luis Czyzewski, membro da associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Atentado à Amia.

O promotor Alberto Nisman, responsável pela investigação do episódio, qualificou a nomeação como "muito grave". "Não me surpreende que esta seja mais uma demonstração de como o regime iraniano não entrega os suspeitos, mas ainda os premia com cargos públicos", complementou.

"Vahidi não apenas tem um pedido de captura feito pela Justiça argentina, mas sua circular vermelha foi aprovada pela Interpol após o voto favorável da maioria de seus membros na assembleia geral realizada no Marrocos em novembro de 2007", explicou o promotor.

EUA

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ian Kelly, afirmou ser "perturbador" que Vahidi tenha sido nomeado ministro da Defesa pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, se é procurado pela Interpol.

"Se essas informações são autênticas, se esse homem for confirmado como ministro e que está sendo procurado pela Interpol pelo seu envolvimento em um ato terrorista, claro que seria perturbador", afirmou.

Além de Vahidi, a Justiça argentina quer processar o ex-presidente iraniano Ali Hashemi Rafsanjani, o ex-chanceler Ali Akbar Velayati, o ex-ministro da Segurança Ali Fallahijan, o ex-chefe da Guarda Revolucionária Moshen Rezai, o ex-conselheiro cultural da embaixada de Teerã em Buenos Aires, Moshen Rabbani, e o ex-secretário da representação diplomática, Ahmad Ashgari.

Vahidi é apontado como ex-comandante do grupo Al Quds, acusado de ter executado o ataque. Para que seja confirmado como ministro da Defesa, ele deve ter sua indicação aprovada pelo Legislativo.
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