Após o desgaste de defender o governo na polêmica da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores estaduais, o candidato a prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) tenta conquistar o apoio dos servidores públicos. Como líder do governo na Assembleia, ele defendeu as propostas do governador Pedro Taques (PSDB) e foi alvo dos funcionários públicos, que deflagraram uma greve geral que durou cerca de um mês. Ele afirmou que, em sua gestão como prefeito, entre 2005 e 2010, valorizou os servidores municipais.
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“Eu aguardo com muita ansiedade os debates sobre o tema RGA. Espero que seja um debate sincero, claro e que compare com o prefeito Wilson Santos, o meu comportamento em relação aos servidores de Cuiabá, por quem tenho enorme respeito. É só lembrar como eu peguei a prefeitura em janeiro de 2005. Estou pronto para o debate e não vou correr dele em nenhum momento”, declarou.
O tucano lembra que colocou em dia as três folhas atrasadas deixadas pelo ex-prefeito Roberto França. Ele não culpou o ex-gestor, porém, e afirmou que a situação de atrasos foi algo que se arrastava por gestões anteriores. “Um atraso que vinha de 11 anos, e regularizei essa situação em 60 dias. O que eu não poderia ter feito se tivesse usado essas três folhas em investimentos em outras áreas?”, observou ele.
Numa cidade com 415 mil eleitores, que abriga 70 mil servidores públicos, o apoio dessa classe faz diferença na disputa majoritária. Desses, cerca de 15 mil são servidores municipais. A resistência maior ao tucano, porém, está no universo de 45 mil servidores estaduais.
O debate da RGA, por outro lado, deve ser explorado de forma positiva pela campanha de Emanuel Pinheiro (PMDB), que defendeu o Fórum Sindical e seu pleito de receber integralmente a reposição inflacionária de 11,28%. Pesquisas qualitativas indicaram que o peemedebista tem boa recepção entre os servidores públicos de modo geral, e potencial para crescer eleitoralmente junto à classe.
