O candidato a prefeito de Cuiabá pela Rede Sustentabilidade, Renato Santtana, afirmou que os outros candidatos estão ultrapassados  por focarem suas propostas de desenvolvimento de emprego apenas falando em atrair industrias enquanto o mundo entra na era da tecnologia digital. A declaração foi dada após o debate realizado na TV Record (Grupo Gazeta), nesta segunda-feira (29).

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“Queremos que o eleitor incorpore as nossas ideias, essa questão de novas tecnologias, utilizar das novas tecnologias para gerar emprego e renda. Outros candidatos ainda continuam no século passado. Ainda continua na era industrial, achando que só por indústria vai gerar emprego e renda. Cuiabá precisa dar um salto tecnológico”, afirmou o candidato da REDE.

O assunto foi tema de uma de pergunta de Renato Santtana ao candidato concorrente Julier Sebastião (PDT), durante o debate. O filiado da Rede usou como exemplo de geração de emprego e renda através das novas tecnologias o jogo Pokémon Go, que é febre mundial. Contudo, o pedetista afirmou que haviam “passado da esfera de procurar pokémon” e focou nas propostas de criar uma subprefeitura no Distrito Industrial. Esse tipo de colocação foi tomada pelo filiado da REDE como um desrespeito ao cuiabano.

“Cuiabá surgiu de uma forma extrativista. Passamos pela era industrial e não entramos nela, somos uma cidade prestadora de serviços. Estamos agora na era tecnológica e é óbvio que tem o pokémon. Vai me dizer que o filho dele, não sei se ele tem filho, não caça o pokémon. O que ele quer dizer é que provavelmente acha que o cuiabano não tem capacidade de desenvolver um software dessa magnitude. Nós temos capacidade. Nós não temos é oportunidade. E o poder público tem que dar essa oportunidade”, argumentou Renato.

Segundo ele, esse tipo de proposta, como a de Julier, só cresce os gastos com a máquina pública e devem acabar por prejudicar o próprio eleitor, que precisaria pagar mais impostos para manter a prefeitura.

Primeira vez

Candidato a um cargo eletivo pela primeira vez, Renato Santana afirmou que sentiu-se bem no primeiro debate. Segundo ele, as maiores dificuldades ficaram nas questões técnicas, de falta de trato com as câmeras.

“Eu acho que a grande desvantagem é essa questão de estar sempre olhando para câmera. A questão mais técnica do dia a dia. Então como eu sou um cidadão comum. Hoje, por exemplo, eu usei a regra protocolar. Vim de terno. Por quê? Porque é assim que se espera do prefeito. Mas no dia a dia eu ando de camisa, quando manga comprida tem que arregaçar as mangas porque Cuiabá é muito quente”, afirmou.